Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

30/09/2016 - 09:32

Gerenciar riscos em transportes e redução de acidentes

O mercado de transportes é um dos que mais sofre. São roubos e furtos de cargas, que somaram mais de R$ 1 bilhão de prejuízos em 2015, o que representou crescimento de 10,4% em comparação ao mês anterior, segundo levantamento da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC & Logística). Porém, tão preocupante quanto isso, são os acidentes, que também tiram o sono de transportadoras, embarcadoras e, obviamente motoristas.

Entre os motivos para essa preocupação estão as estradas sucateadas e frota velha, que não passa por manutenção preventiva de forma adequada. Falta de profissionalismo e ambições extremas também são responsáveis por esse cenário negativo. Para termos uma ideia do quanto essa situação é problemática, as companhias seguradoras pagaram R$ 10 bilhões de sinistro de acidentes de trânsito, em 2015, ou seja, um valor 10 vezes maior do que computado em roubos e furtos.

Em razão disso, é preciso abrir os olhos para tecnologia e usá-la a favor para ajudar a reverter esses números. Não é à toa que hoje existem diversas empresas desenvolvendo sistemas e soluções que ajudam a reduzir índices de acidentes, de forma simples e eficaz.

No caso do gerenciamento de riscos, a prevenção é feita com o uso da telemetria, que é uma tecnologia originalmente utilizada pela Fórmula 1 e que ganhou terreno com a preocupação das empresas em relação à redução de acidentes.

Hoje é possível controlar passo a passo dos motoristas e criar ações que vão ajudá-lo a chegar no lugar certo, em segurança. Mas que fique claro: telemetria não é apenas instalar um rastreador ou um software simples para isso. É preciso usar inteligência e aí que entra a importância de uma gerenciadora de riscos, pois ela terá equipe e tecnologia mais do que suficientes para a segurança e agilidade que os clientes tanto querem.

Mesmo que muitos achem que prevenção é exagero, diversas empresas seguem pelo caminho oposto e investem na tecnologia para terem uma logística perfeita e segura.

Mas como já expliquei, não basta instalar uma solução no caminhão e achar que tudo dará certo pelo caminho. E se o motorista sofrer um acidente ou então se perder pelo caminho, justamente quando estiver transportando uma carga perecível? De quem será o prejuízo caso a mercadoria estrague? E se a carga for roubada? Como agir, quem acionar ou então, o que fazer primeiro?

Para solucionar essas questões, o gerenciamento de riscos surge como uma opção eficaz e inteligente. Fortalecido no final da década de 1990, quando as empresas passaram a utilizam o rastreadores satelitais, o gerenciamento de riscos evoluiu muito e, atualmente, é uma peça chave para a inteligência de um processo logístico.

Para se ter uma ideia, um PGR – Plano de Gerenciamento de Risco é feito com base nas informações de cada operação e, para isso, é necessário avaliar os tipos de mercadorias (se são visadas, de fácil recolocação no mercado, de fácil manuseio), valor, cubagem x peso, áreas de riscos, ou seja, regiões geográficas caracterizadas pela alta incidência e concentração de sinistros de roubo de carga, rotas (rodovias com alta incidência de acidentes, por exemplo), tipos de veículos e de motoristas (se são funcionários, agregados ou terceiros/autônomos). De posse destas informações são definidos os procedimentos, equipamentos e controles das operações.

Em tempos de crise, otimizar operações logísticas é fundamental. Ganham todos os envolvidos e, além de eficiência, temos o que é mais importante: segurança.

. Por: Cyro Buonavoglia, especialista em gerenciamento de risco, é presidente da Buonny Projetos e Serviços de Riscos Securitários.

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira