Alerj comemora 200 anos da chegada de D. João VI premiando estudantes

Na semana que marca os 200 anos da chegada de Dom João VI e da Família Real ao Brasil, a Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro também participa das comemorações e entrega, no dia 12 de março (quarta-feira), prêmios em dinheiro aos estudantes da rede pública que venceram o concurso de monografias sobre o tema, promovido pela Casa. Matheus Duarte da Silva, de 17 anos, do Colégio de Aplicação da Uerj (CAp-Uerj), no Rio Comprido, Zona Norte do Rio, ficou em primeiro lugar e receberá R$ 3 mil; o professor Márcio Romão, que o orientou, receberá R$ 1,5 mil. Djalma dos Santos Lima, 18, do Colégio Estadual Leonel Azevedo, na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio, ganhará R$ 2 mil, por ter tirado o segundo lugar. Em terceiro lugar, a aluna Natalia Xavier Dantas, 13, do Centro Interescolar Agropecuário José Francisco Lippi, a Escola Agrícola de Teresópolis, Região Serrana do estado, receberá R$ 1 mil. O trabalho da estudante Eda Caroline Nogueira Macieira, 20, da Escola Estadual Aydano de Almeida, em Nilópolis, Baixada Fluminense, mereceu Menção Honrosa. A solenidade está marcada para as 14h30, no Plenário Barbosa Lima Sobrinho .

Criado pela Resolução 16/07, de autoria do deputado Luiz Paulo (PSDB), o concurso recebeu 83 trabalhos, enviados por alunos dos ensinos fundamental e médio da rede pública de todo o estado. "Queremos recuperar esse fato histórico que desenvolveu o Brasil de tal maneira que, desde aquela época, nunca se viu um conjunto de ações tão empreendedoras. D. João VI é uma figura política da maior importância na constituição do nosso País", afirma o tucano. Segundo o coordenador do concurso, Arlindenor Pedro de Souza, a competição foi uma oportunidade de aproximar a juventude do Rio da Alerj. "O concurso estimula a reflexão sobre um personagem histórico importante e pouco reconhecido na sua real contribuição econômica e política, que é D. João VI ", afirmou.

Matheus Duarte, o grande vencedor, está no terceiro ano do segundo grau e escreveu um trabalho onde tratou da tentativa de construção de um império luso no Brasil, o chamado Quinto Império. "Fiz a monografia em um mês, escrevendo duas, três páginas por noite. Quis romper com esse estigma de que D. João VI era um rei fujão e covarde. Ele foi um monarca esperto que, num momento de tensão, conseguiu manter domínio sobre o Brasil", disse o aluno. O mesmo tempo levou o segundo colocado, o baiano Djalma Lima, natural de Riachão de Jacuípe, que fará faculdade de Letras em 2008, a terminar sua monografia. "Decidi falar sobre os acertos e erros de D. João. Ele usou a inteligência para boicotar os bloqueios e manipular, até mesmo, Napoleão Bonaparte", comentou. A aluna Natalia Xavier, que mora na zona rural de Teresópolis, no bairro de Santo Amaro, entre verduras e a criação de porcos e galinhas, está no nono ano do ensino médio e foi ao Olimpo buscar inspiração para seu texto. "Fiz referência ao choro de Lísia, a imagem de uma deusa, para mostrar como foi que a Corte deixou o Brasil", explicou a menina.

Com menção honrosa, Eda Caroline, que já está cursando a faculdade de Farmácia, levou somente uma semana para preparar sua monografia. "Tive orientação de uma tia, que é professora de História, e, com isso, consegui fazer o trabalho rapidamente", contou. Os trabalhos, premiados ou não, passarão a fazer parte do acervo cultural da Alerj e poderão ser publicados no site da Casa. "Os textos das monografias originais que forem classificadas passarão a fazer parte do arquivo do Centro Cultural Deputada Heloneida Studart da Alerj, inaugurado em junho de 2007, para que possamos colocar D. João VI no lugar em que ele merecidamente deveria estar: no das figuras proeminentes da nossa história", ressalta o deputado Luiz Paulo. | www.alerj.rj.gov.br