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08/03/2008 - 10:27

Homens, já estamos!

Desde que queimaram os sutiãs, as mulheres levaram a praticamente zero as diferenças com os homens. Isso tem seu lado bom e, como nada neste nosso universo é perfeito, tem seu lado ruim.

“Mulheres, cheguei!”. Esse era o bordão de um personagem humorístico chamado Zé Bonitinho, que até há pouco tempo atuava na tevê. Hoje esse bordão poderia ser dito, com toda justiça, da seguinte forma: “Homens, já estamos!”.

E isso é fato! Sem sombra de dúvida as mulheres “estão”. Estão presentes em todas as profissões, mesmo naquelas que eram exercidas tipicamente por homens, como por exemplo, chefes de cozinha em restaurantes de alto padrão, em altos postos militares, comandantes de aeronaves, presidentes, primeiras-ministras e tantos outros altos cargos executivos no governo ou em empresas privadas.

Talvez as únicas instituições nas quais as mulheres ainda não tenham chegado aos postos mais altos sejam as organizações religiosas mais tradicionais. No entanto, já existem exemplos de que esta tradição está sendo quebrada, como no caso do judaísmo. Também, na história, encontramos um fato que muitos consideram um mito: de que o “sucessor” do papa Leão IV, falecido em 855, teria sido uma mulher, a primeira e única papisa, chamada de Joana. No entanto, ao verificarmos a lista de papas, desde São Pedro, não encontramos o nome ou referência a esta papisa.

Há empresas onde a presença feminina é muito alta. Os call centers são um bom exemplo disso. As mulheres exercem um papel fundamental como impulsionadora da economia. Que o digam os segmentos industriais, de serviços e comerciais, tais como calçados, vestuário, produtos de higiene e beleza, limpeza, alimentício, shopping centers, automobilística, educacional, propaganda, marketing, telemarketing, entre tantos outros.

Certa vez, perguntei à consultora de uma empresa que visitava, se ali não trabalhavam homens. Ela deu uma boa risada e disse que sim, que em toda a equipe havia um homem para uma equipe de mais de vinte mulheres. Sinal dos tempos.

E não é para menos, pois a mulher está melhor preparada educacional e emocionalmente, e, de modo geral, tem mais disposição para o trabalho e é mais disciplinada. Além disso, tem mais perspicácia, sensibilidade, é mais aguerrida e, inúmeras vezes, mais produtiva.

Ademais, muitas são as mulheres que tem uma vida profissional ativa e uma dupla jornada. A maioria exerce o papel efetivo de “chefe do lar”, sendo as responsáveis econômicas pelo sustento da família e outras, na absoluta ausência de um pai, exercem o papel de mãe e pai.

Desde que queimaram os sutiãs, as mulheres levaram a praticamente zero as diferenças com os homens. Isso tem seu lado bom e, como nada neste nosso universo é perfeito, tem seu lado ruim. Os índices de alcoolismo, tabagismo, enfarte, estresse e até mesmo casos de AIDS, cresceram assustadoramente entre as mulheres. Os problemas tipicamente masculinos, agora são igualmente compartilhados.

Devemos ser iguais sim. Iguais como cidadãos responsáveis. Iguais como agentes políticos e sociais, nos direitos civis e humanos. Iguais na luta contra a corrupção, contra a pobreza, a desigualdade social e na criação de oportunidades para que todos tenham uma vida digna. Iguais na luta para acabar com a discriminação, com a prostituição infantil, infibulação ou mutilação dos órgãos genitais femininos, existentes em tantas sociedades e culturas ao redor do mundo.

Se, por um lado, somos iguais em muitas coisas, de outro, é importante cultivarmos algumas diferenças, pois existem inúmeras vantagens nessa postura. Enquanto os homens são mais racionais e lógicos, voltados para o externo, as mulheres têm a criatividade, a percepção, a intuição e a afetividade mais desenvolvida e são mais voltadas para o interno.

A mulher é capaz de brigar, lutar, ser dura, exigente, disputar poder, tomar decisões em momentos e situações em que a maioria dos homens titubeia. Ela sabe negociar eficazmente e posicionar-se ativa e assertivamente. Quem tem a sensibilidade, o olhar terno, o carinho, o acolher, o ouvir, o cuidar, o oferecer um colo nos momentos de tristeza ou de dor, aquele sorriso contagiante e cativante e até mesmo a fantasia de um grande amor senão a mulher. São estas características femininas que tornam o nosso dia mais doce, mais fácil de viver.

Mulheres estejam certas disso: desde que nascemos as admiramos e somos seus fãs. Queremos estar sempre ao lado de vocês, nem à frente, nem atrás. Queremos andar de mãos dadas na construção de um mundo melhor.

. Por: David Carlessi, consultor do IDORT/SP em treinamentos comportamentais e desenvolvimento de habilidades e atitudes gerenciais.([email protected])

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