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01/10/2016 - 07:33

As ruas como casa

Quando a temperatura cai, mais pessoas se preocupam com os que dormem nas ruas nas noites frias. Para além da necessidade de cobertores e sopas, é preciso refletir sobre o problema da população em situação de rua com olhos livres de preconceitos e compaixões.

Desentendimento familiar, desemprego, violência, alcoolismo, drogas e doenças mentais estão entre os fatores que fazem o contingente crescer, principalmente nas grandes e médias cidades brasileiras. Listar essas causas ou a combinação delas pode ajudar a traçar o perfil da pessoa por trás do problema, mas é preciso ir mais fundo, vendo e ouvindo aqueles que para muitos são invisíveis e indesejáveis.

Os dados não são precisos, mas, de acordo com pesquisa nacional realizada em 2008 e com levantamentos dos municípios, estima-se que 49 mil pessoas vivam nas ruas das 71 maiores cidades do país. A maioria é composta por homens e negros entre 25 e 44 anos. Os dados nacionais tendem a crescer. Um pedaço desse grupo, diga-se, pode estar na rua porque quer, e esta opção também deve ser respeitada.

O que chama a atenção no crescente quadro de exclusão social é a falta de cuidados com a saúde dessa população. Interessada em acompanhar o problema, a estudante Taís Maia, da Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP/Fase), realiza um projeto de extensão com foco nas necessidades desse público, na cidade.

Isso inspirou uma parceria da faculdade com o Centro de Defesa dos Direitos Humanos, que há 37 anos atua no combate às violações dos direitos. A entidade mantém o projeto Pão e Beleza, que combina alimentação e oficinas, além de disponibilizar higiene pessoal e roupas, vindas de doações. Lidar com a autoestima do próximo, aliás, é uma das chaves para se entender os que vêm, vão e ficam pelas ruas.

. Por: Ricardo Tammela, Coordenador de Projetos e Extensão da FMP/Fase.

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