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05/10/2016 - 09:29

Estados Unidos reconhecem saquê como produto japonês


Um dos motivos foi o crescente consumo da bebida nos Estados Unidos, além do fato de todo o saquê vendido no país, oriundo do Japão ou não, vinha sendo rotulado simplesmente como saquê.

O Departamento de Agricultura norte-americano anunciou uma mudança na política internacional sobre a forma como os consumidores nos Estados Unidos consomem uma das mais antigas bebidas do mundo, o saquê.

Com a alteração, o “saquê japonês” passou ser protegido pelas leis de Indicadores Geográficos, as mesmas que definem, por exemplo, que champanhe pode vir apenas de uma determinada região da França. Já o Japão reconhecerá os termos “Tennessee Whiskey” e “Bourbon Whiskey”.

Essas distinções são importantes devido à crescente prevalência do saquê nos Estados Unidos. Além disso, todo o saquê vendido no país, oriundo do Japão ou não, vinha sendo rotulado simplesmente como “saquê”.

“Essa mudança é muito importante, que a bebida está passando por um processo de evolução. As produtoras estão fazendo experimentos na fermentação do vinho de arroz para obter uma ampla variedade e maior alcance de sabores”, explica Celso Ishiy, um dos maiores especialistas do saquê da bebida no país e diretor da TRADBRAS, empresa focada na importação e exportação de produtos da cultura oriental.

O saquê praticamente permaneceu no Japão ao longo dos séculos apreciado somente pelos habitantes locais, sendo pouco exportado, se considerado o seu potencial. Mas, isso mudou ao longo dos últimos 20 anos e, agora, as fabricantes estão se esforçando para compartilhar a bebida ao redor do mundo.

O consumo no saquê no Brasil — Com uma estreita ligação com o povo japonês e sua cultura, o Brasil possui mais potencial para o crescimento do saquê fora do Japão do que, talvez, qualquer país europeu. O que tem travado esse florescimento é a falta de informação.

É uma bebida cujo tempo chegou. Cheio de sabores a aromas, incrivelmente puro, simples e complexo ao mesmo tempo, profundo em todos os aspectos e surpreendentemente adaptável, o saquê detém grande potencial para a sua apreciação.

O saquê percorreu uma história fascinante de mais de dois mil anos até chegar a essa mistura que os consumidores vêm bebendo atualmente. Esta bebida é uma das mais naturais e complexas que existem, sendo feita a partir de ingredientes básicos —arroz e água, somados aos agentes de fermentação (levedura e o fungo koji-kin).

Perfil —Celso Ishiy é sommelier de saquê e um dos principais especialistas no assunto no Brasil. Fez diversos cursos no Japão, entre eles o Sake Professional Course, ministrado por John Gauntner, o principal especialista estrangeiro em saquê. Para conhecer o processo de produção em detalhes, trabalhou em diversas fábricas de saquê no Japão.

A convite da Jetro (Japan External Trade Organization), órgão do governo japonês para desenvolvimento do comércio entre os países, conheceu mais fabricantes em diversas províncias. Ministrou treinamentos, cursos e palestras sobre o tema em instituições como Fundação Japão, ABB (Associação Brasileira de Bartenders) e evento “Japão à Brasileira”, organizado pela Prefeitura de São Paulo. Elabora cardápios de saquê e ministra treinamentos para restaurantes e empórios. Além disso, é um dos diretores da TRADBRAS, empresa focada na importação e exportação de produtos da cultura oriental. |www.tradbras.com.br.

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