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11/03/2008 - 09:40

Sedentarismo é questão de saúde pública, afirma especialista

Brasília - O sedentarismo pode aumentar em 22% o risco de se desenvolverem doenças do coração e de 10% a 16% de cânceres de colo, reto e mama. Dia 10, Dia Nacional de Combate ao Sedentarismo, a discussão girou em torno das políticas públicas voltadas para o estímulo às atividades físicas.

“Ele [sedentarismo] deve ser e está sendo tratado como uma questão de saúde pública”, disse a coordenadora de Vigilância de Doenças e Agravos Não-Transmissíveis do Ministério da Saúde, Débora Malta. Segundo a pesquisa Vigitel, feita pelo Ministério da Saúde, cerca de 30% da população brasileira não pratica nenhuma forma de atividade física no trabalho, em casa ou nos momentos de lazer. A pesquisa, feita por telefone, ouviu 54 mil pessoas em todo o país. “É fundamental que, no plano diretor, os urbanistas planejem as cidades em função das pessoas. Com espaços para pistas exclusivas para caminhada, para ciclismo, cuidando da segurança pública, incentivando a atividade física nas metrópoles”, afirmou Débora Malta.

Considerado pelo Ministério da Saúde um fator de risco para doenças graves, e não uma doença, o sedentarismo não é visto da mesma forma pelo Conselho Federal de Educação física (Confef). Segundo o presidente do Confef, Jorge Steinhilbert, “é uma das principais doenças da vida moderna”. De acordo com ele, uma grande campanha de saúde, que vá além de um único dia, precisa ser feita para combater esse mal.

“Nós temos buscado, nos Ministérios do Esporte, da Saúde e da Educação, políticas públicas que incentivem um estilo de vida mais ativo na população. Que mostrem às crianças a importância de uma vida ativa”, disse Steinhilbert. De acordo com ele, a prática de educação física tem sido retirada de algumas escolas, quando, ao contrário, deveria ser incentivada.

Tanto Débora Malta quanto Steinhilbert ressaltam que o sedentarismo não está, necessariamente, ligado à preguiça. Para Débora, ele tem a ver com o metabolismo de cada pessoa e com doenças como depressão. Já Steinhilbert relaciona o sedentarismo aos confortos da vida moderna. “O que nós precisamos é de uma conscientização de que não precisamos abrir mão do conforto e da tecnologia, mas precisamos reservar um tempo diário para fazer coisas mais ativas”, afirmou.

O sedentarismo pode ser reduzido com pequenos gestos quotidianos, como uma caminhada ou a prática de um esporte prazeroso. Recomenda-se também que se faça faxina em casa e se troque o carro particular pelo ônibus, saltando um ou dois pontos antes do trabalho, trocar o elevador pelas escadas, quando não forem muitos andares do prédio.

Débora Malta defende ainda que se cobre dos prefeitos e vereadores a construção de parques, calçadas e ciclovias nas cidades, para que o exercício físico possa ser uma atividade gratuita.| Por: Mariana Jungmann/ABr

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