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07/10/2016 - 08:15

Uma visão lúcida sobre o abastecimento em São Paulo

O anúncio feito pelo prefeito eleito de São Paulo, João Doria, de que será efetivada a mudança da Ceagesp, de Vila Leopoldina para área situada no rodoanel, é totalmente compatível com o projeto do Novo Entreposto de São Paulo (NESP), uma iniciativa de permissionários atuais do antigo centro de abastecimento. É gratificante observar, na declaração do novo mandatário paulistano, que há consenso entre União, Governo do Estado e prefeitura em torno da questão.

O novo entreposto, projeto da iniciativa privada, visa à implantação de um moderno centro de abastecimento com estrutura adequada à comercialização de hortifrutigranjeiros, pescado e flores. Será uma solução para os recorrentes problemas de infraestrutura da Ceagesp, que, conforme bem observou o prefeito eleito, não pode mais continuar espremida numa região nobre de São Paulo, gerando congestionamentos, problemas sociais, ambientais e de mobilidade.

Além de representar uma solução urbana adequada, o NESP beneficiará o consumidor. Será construído em um ponto estratégico da malha de transportes e do rodoanel, próximo as rodovias Anhanguera e Bandeirantes e servido por ferrovias. Sua eficiência logística reduzirá o custo do abastecimento e deverá baratear o preço dos produtos hortifrutigranjeiros. É chocante constatar que, em São Paulo, o preço desses itens, em 2015, ficou acima da inflação oficial do País, de 10,67%, sendo majorados em 14,31%, segundo índice calculado pela própria Ceagesp.

Os permissionários atuais da Ceagesp terão condições de trabalho e higiene muito mais adequadas do que as que encontram hoje no velho entreposto de Vila Leopoldina. As instalações do NESP serão comparáveis às dos entrepostos mais modernos existentes em grandes cidades dos países desenvolvidos, com estrutura mais adequada à comercialização de hortifrutigranjeiros, pescado e flores. Isso melhorará a condição de trabalho dos produtores e comerciantes que terão boxes no local.

Os feirantes e pequenos e médios varejistas de alimentos também serão beneficiados, pois passarão a contar com uma infraestrutura de abastecimento de mercadorias tão eficiente quanto as centrais logísticas das grandes redes atacadistas e supermercadistas. O NESP reduzirá as disparidades de acesso aos produtos, hoje muito marcantes entre os pequenos e grandes varejistas que abastecem o consumidor final em São Paulo.

Constituindo-se inicialmente em moderna central de comércio de alimentos, que contará até mesmo com sistema intermodal rodoferroviário alfandegado, o NESP é a primeira etapa de um projeto mais amplo, denominado Polo de Abastecimento, Distribuição e Entreposto de São Paulo (PADESP). Este complexo será formado pela soma do novo centro e de uma plataforma logística para grandes volumes de cargas e veículos pesados.

Na sua segunda fase, o projeto não se limitará aos hortifrutigranjeiros, pescados e flores. Passará a abranger os alimentos de um modo geral e também agregará itens das distintas cadeias de suprimentos. O PADESP centralizará a recepção de produtos transportados por carretas e ferrovia e proverá o transbordo e distribuição diretamente aos centros de consumo.

. Por: Sérgio Benassi, permissionário da Ceagesp.

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