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Pesquisa cruza percepções de empresários, investidores e conselheiros sobre riscos nos negócios

Recife (PE) – Diretores executivos e membros independentes do Conselho de Administração de organizações globais compartilham a mesma percepção de que o nível geral de riscos associados ao negócio aumentou nos últimos dois anos. Ambos, incluindo ainda 130 investidores globais com mais de US$ 1 trilhão em fundos sob seu comando, entendem que a maior exposição a eventos indesejáveis impõe à administração das companhias o desafio de tratar, com prioridade e transparência, a redução dos riscos, especialmente os ligados ao atendimento de regulamentações e leis específicas (compliance), fazendo da gestão adequada dessas questões uma vantagem competitiva para o business.

Esta é uma das principais conclusões de um estudo da Ernst & Young intitulado Managing Risk – Stakeholder Perspectives, que reúne uma nova abordagem feita a partir do cruzamento de informações de três pesquisas realizadas com cada um destes públicos nos últimos doze meses. No período, a auditoria ouviu mais de 700 grandes tomadores de decisão – investidores, empresários e conselheiros independentes – sobre suas atitudes e percepções perante os diversos riscos no meio empresarial.

vDos 150 conselheiros entrevistados, 72% perceberam um aumento dos riscos nos últimos dois anos, percepção seguida também por 67% dos 400 líderes empresariais que participaram das pesquisas. Os dois grupos concordam que houve avanços na gestão mais eficiente e estruturada de riscos; 82% dos conselheiros do continente americano, por exemplo, entendem que os riscos são bem gerenciados e as informações recebidas da administração, confiáveis.

Mas 42% dos líderes corporativos confessam que, apesar da crescente atuação nessa área, ainda existem falhas na cobertura dos riscos. Quatro em cada dez companhias não possuem sequer processos formais para alinhar a avaliação de risco com a estratégia de negócio. Apenas dois terços das organizações têm, por exemplo, riscos ligados a impostos, preços e TI incluídos em seus processos formais de avaliação – o que denota que não há prioridade nem cultura de prevenção ao risco para a maioria delas. Os próprios conselheiros (cerca de um terço) concordam que alguns tipos de riscos (de negócios, operacionais, tecnológicos e de concorrência) não são, de fato, bem gerenciados e admitem que já pressionaram por mudanças a alta administração da companhia pelo baixo desempenho referente a este assunto.

A análise cruzada da nova pesquisa, nesse cenário, apresenta divergências entre o que pensam administradores e conselheiros e o que esperam os investidores, no que tange à política de gestão dos riscos. A começar por quem compete a responsabilidade clara pelos riscos – e por sua prevenção – na organização. Na visão do grupo de investidores, os CEOs (23%) devem ser os responsáveis pela gestão de riscos, enquanto os conselheiros (40%) entendem que cabe a eles mesmos esse papel. Apesar de grande parte dos entrevistados acreditarem que o Conselho de Administração deve ficar com esta responsabilidade, a ação de garantir a gestão eficaz do risco recai sobre a administração corporativa, liderada pelo CEO.

Há também uma diferença entre o entendimento dos conselheiros e dos investidores sobre o desempenho das empresas na gestão de seus riscos, o que reflete a distância de cada grupo em relação à administração cotidiana. Enquanto os primeiros cobram mudanças da liderança quando percebem falhas, os investidores são mais radicais: evitam empregar seu dinheiro na empresa (61%) ou optam por vender seus ativos (48%).

Essa percepção também se aplica para a comunicação e reporte da gestão de riscos. Para 61% dos investidores, por exemplo, o nível de transparência em relação ao risco é mais importante na decisão de investimento do que a própria rentabilidade a longo prazo da companhia analisada. A comunicação interna, diz a pesquisa, deve dar suporte à tomada de decisões, enquanto a externa precisa informar e gerar confiança nos investidores e outros stakeholders.

Enquanto conselheiros, pela maior proximidade da administração, confiam na qualidade das informações sobre a gestão de riscos que recebem, os investidores buscam dados mais específicos, além da oportunidade maior de diálogo e contato pessoal – afinal, as informações servirão de suporte para futuros investimentos ou, do contrário, para voltar atrás na decisão. Inclusive, 48% dos investidores entrevistados mencionaram já ter deixado de fazer investimentos em empresas após constatar que houve baixa performance na área de riscos. O novo estudo mostra ainda que 40% das companhias abertas entrevistadas não possuem uma política específica de comunicação aos principais investidores e outras partes interessadas – ou pelo menos não se mostraram certas de que têm.

Perfil da Ernst & Young – A Ernst & Young Brasil é a empresa líder mundial em serviços profissionais que conta com mais de 1.700 colaboradores espalhados por 10 cidades brasileiras, além de ter a maior cobertura geográfica de todas as empresas do segmento. Seu leque de negócios no País inclui serviços de auditoria, contabilidade e riscos, impostos e transações corporativas.Mais informações no site http://www.ey.com.

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