Indústria quer adiar mais uma vez implantação do Bloco K

Mesmo com o adiamento para janeiro de 2017 da entrada em vigor do chamado Bloco K, que vai integrar a EFD-ICMS/IPI e controlar a produção e estoques das indústrias, os contribuintes ainda não estão confortáveis e sentindo-se totalmente preparados para as novas exigências. E por meio de suas federações estaduais, em suas respectivas secretarias de Fazenda, estão novamente pleiteando um prazo maior para a implantação.

“Para o correto cumprimento dessa obrigação são necessárias adaptações nos sistemas, nos controles internos e a integração entre diversas áreas das empresas. Ademais, o entendimento dos registros do Bloco K, a rastreabilidade dos controles internos e a validação das informações geradas antes da transmissão ao fisco são etapas importantes e não podem ser ignoradas. Muitos contribuintes não conseguiram se adequar, sendo razoável nova prorrogação ou simplificação da obrigação nesse momento inicial”, comenta Rubens Alexandre de Andrade, consultor tributário na De Biasi Auditores Independentes.

Esse preparo contempla o controle de todas as movimentações de estoque de produtos e mercadorias envolvidas nos processos produtivos, incluindo perdas de processos, quebras por transporte, movimentações para terceiros, ajustes de inventário, compras, vendas e outras saídas de qualquer natureza.

Ainda de acordo com o consultor da De Biasi, a complexidade da implementação de processos para atender o que passará a ser exigido pelo Fisco no Bloco K depende também das particularidades de cada empresa. “O ponto comum a todos será a necessidade de uma total integração entre as áreas de contabilidade, fiscal, produção, TI e vendas. E deixar tudo isso em ordem demanda tempo, além de ser necessário o apoio de consultoria especializada”, completa Andrade.