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19/10/2016 - 08:02

Setor de embalagens deve ser um dos primeiros a se recuperar da crise, mostra estudo

Estudo da consultoria Pöyry indica que retomada gradual da indústria brasileira e das exportações impactará positivamente a produção nacional de papéis de embalagem.

A cadeia de produção de embalagens no Brasil, mesmo afetada pela retração econômica, e sem perspectivas de realização de novos investimentos em expansão da capacidade, deverá se beneficiar da retomada gradual da produção industrial e das exportações, com impactos positivos em toda a cadeia de pequenos produtores, até aqui fortemente impactada pela crise. Esta é uma das conclusões do estudo “Papéis e Embalagens Corrugadas”, realizado pela Pöyry, multinacional finlandesa de consultoria e serviços de engenharia.

“Apesar de ter sido uma das atividades mais prejudicadas pela crise econômica, o setor de embalagens será o primeiro a se recuperar, pois tradicionalmente é o que reage mais rápido”, afirma Manoel Neves, gerente de estudos econômicos da Pöyry.

De acordo com o estudo, a retomada gradual da atividade industrial no País pode abrir espaço no mercado, também para pequenos produtores de papel ondulado de embalagens, segmento este em que se constatam hoje muitas dificuldades, devido à redução de encomendas, aumento de custos, dificuldade de equalização do fluxo de caixa e endividamento em moeda estrangeira.

Segundo a pesquisa, existem cerca de 1.000 pequenos convertedores no País, que representam 23% do mercado nacional, e cuja atuação se caracteriza por serem mais flexíveis, aceitarem pedidos de lotes de pequeno volume e praticarem preços mais agressivos, já que produções de menor volume não requererem equipamentos tão sofisticados e caros quanto os necessários para a produção de grandes volumes. “Em curto prazo, temos más notícias, mas, com a volta do crescimento da economia, há razões para otimismo”, comenta gerente de estudos econômicos da Pöyry.

Perfil da indústria brasileira — O estudo da Pöyry revela que, em 2014, a produção brasileira de papéis para embalagens chegou a 5,4 milhões de toneladas, das quais 55% foram destinadas ao consumo próprio dos fabricantes de embalagens, tanto para conversão de sacos, como produção de papelão ondulado. As vendas diretas no mercado doméstico correspondem a 33% do total e outros 12% são exportados.

Do volume total produzido, 84% (ou 3,4 milhões de toneladas) são usados na produção de papelão ondulado, sendo esta a principal aplicação. A fabricação de Kraft natural para sacos multifoliados vem em segundo lugar, com 8%, e a produção de sacos e embalagens, em terceiro lugar, com 7%. O estudo revela ainda que os grandes produtores buscam maximizar a capacidade de conversão e, assim, assegurar competitividade para fornecer o produto acabado para consumidores de grandes volumes e em formatos de caixas padronizadas.

A pesquisa também abordou a distribuição regional das atividades dessa indústria e mostrou que, apesar de haver uma tendência à instalação de plantas no Nordeste e Centro-Oeste, as regiões Sudeste e Sul representam 78% do volume consumido de caixas de papelão, de acessórios e chapas.

Finalmente, o estudo da Pöyry mostra que o mercado nacional de caixas, acessórios e chapas de papelão ondulado tem baixa concentração, uma vez que os cinco principais fabricantes representam apenas 40% do volume total, em comparação a 80% que detém de participação em muitos países da Europa e nos EUA.

Perfil —A Pöyry é uma empresa multinacional de engenharia e consultoria, que atende, globalmente, a clientes no setor industrial e de energia, e presta serviços localmente a diversos mercados estratégicos. Com atuação focada em qualidade e integridade, realiza consultoria técnica e estratégica e serviços de engenharia sustentados por uma vasta experiência e capacidade de implantação de projetos. Atua nos segmentos de energia (geração, transmissão e distribuição), florestal, papel e celulose, químicos e biorrefinaria, mineração e metalurgia, infraestrutura e água.

No Brasil, a Pöyry iniciou atividades em 1974, tendo criado a sua subsidiária brasileira em 1999. Nesse período, aumentou o seu escopo de atuação, ingressando ainda mais nas áreas de consultoria e gerenciamento de projetos, além dos serviços de engenharia de fábrica. Atualmente, conta com mais de 600 colaboradores no País e atende mais de 50 clientes, de diversos setores.

Globalmente, a empresa possui mais de seis mil especialistas, além de uma extensa rede de escritórios locais. O faturamento do grupo em 2015 foi de 575 milhões de euros, e as ações da empresa estão cotadas na bolsa Nasdaq OMX Helsinki.

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