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20/10/2016 - 08:31

O Futuro da segurança do Rio

Embora já fosse prevista a saída do atual secretário de segurança do Rio de Janeiro, o anúncio deixa toda a sociedade numa expectativa sem fim, pois o cenário é crítico e a violência parece descontrolada em todo o canto da cidade. Por outro lado, estamos diante de uma excelente oportunidade para repensarmos a política de segurança pública, conservando as iniciativas bem sucedidas e, efetivamente, agregando outras que deixaram a desejar nos últimos anos, fazendo com que os bons projetos não fossem à frente. Definitivamente, já passou da hora de levarmos o assunto a sério, priorizando e ampliando a inteligência, pois sem ela não há estratégia que funcione.

Os índices de violência na Cidade e no Estado estão crescendo. Segundo o Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro (ISP), em agosto, foram registradas 386 vítimas de homicídio doloso no estado, um aumento de 50 vítimas em relação ao mesmo período do ano passado. Considerando o acumulado de janeiro a agosto deste ano, houve um aumento de 17,4% de homicídio doloso. As mortes de policiais militares e civis em serviço sofreu um aumento de seis vítimas nesse mesmo período. E não para por aí. O roubo de rua, que envolve o roubo a transeunte, o roubo de aparelho celular e o roubo em coletivo aumentou 41,7%.

Por mais que haja controvérsias, os recorrentes episódios de tiroteios, assaltos e mortes em diferentes ocasiões e locais comprovam que algo mudou para pior. A bandidagem está atuando fortemente, talvez sob a confiança de que a situação do Estado não é das melhores. A visão, admitida pelo governo, das sérias dificuldades econômicas, aparentemente fortaleceu as ações criminosas, pois sem nada a perder, os marginais se tornam ainda mais audaciosos e confiantes na impunidade, acreditando que não serão pegos devido às limitações da força de segurança do Poder Público.

O novo responsável pelo comando dessa pasta, que teve nos últimos anos um excelente profissional à frente, precisará ter um olhar panorâmico, ou seja, além de entender minuciosamente o atual quadro da segurança do Estado, terá que identificar as ações que funcionaram e ainda podem ter continuidade. Mais que isso, será perceber tudo o que não foi realizado e que precisa urgentemente ser feito para que a segurança seja estabelecida e a violência minimizada.

As UPPs são iniciativas interessantes, mas, como já se sabe, carecem de algo bem maior. O Estado precisa entrar como um todo nas localidades pacificadas. Segurança pública não é só combate e confronto, mas educação, cultura e formação cidadã.

Que nesse momento de mudanças, na qual o futuro da segurança do Rio de Janeiro está em jogo, que o olhar técnico e especializado sejam priorizados em nome do cidadão carioca e fluminense.

. Por: Marcos Espínola, Advogado criminalista.

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