Turismo faz seleção de agências para receber turistas chineses segundo dados da OMT, 100 milhões de turistas chineses vão viajar pelo mundo em 2020

Por meio de uma Comissão de Seleção Público-Privada, o Ministério do Turismo acaba de iniciar a terceira seleção de agências de turismo brasileiras que irão atuar na recepção de grupos de turistas chineses. Aquelas que quiserem participar deverão enviar a documentação solicitada ao Ministério do Turismo, até o dia 31 de janeiro de 2007. O resultado sai em 28 de fevereiro.

As operadoras que quiserem participar da seleção devem comprovar o cadastramento no Ministério do Turismo e a inexistência de débito com o Instituto Nacional de Seguro Social (INSS). Também devem apresentar Certificado de Regularidade do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) fornecido pela Caixa Econômica Federal. Os comprovantes desses documentos devem ser enviados para o MTur (Esplanada dos Ministérios, bloco U, sala 253, CEP 70065 -900, Brasília/DF).

Com esses pré-requisitos, terão mais chances as agências que tiveram ações promocionais em outro idioma para o receptivo internacional, como sites na internet, material impresso e anúncios em meio de comunicação e eventos com circulação no exterior. Além disso, é importante apresentar referências comerciais de pelo menos três operadores estrangeiros com os quais têm parceria.

Ao todo, 40 agências já foram selecionadas pela Comissão, formada por representantes dos ministérios do Turismo, do Trabalho e Emprego, das Relações Exteriores e da Justiça. Também compõem a comissão a Embratur, a Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav), a Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa) e a Associação Brasileira de Operadores de Receptivo (BITO).

O processo de seleção segue as exigências previstas no Memorando de Entendimento assinado com a Administração Nacional de Turismo da República Popular da China, em novembro de 2004. Antes da assinatura do memorando, que pode sofrer revisões anuais, os chineses não eram autorizados a viajar em grupo para o Brasil, mas apenas individualmente.

Os turistas chineses só são autorizados a visitar países que aderiram ao Status de Destino Aprovado (ou ADS - Approved Destination Status), com exceção dos de Hong Kong e Macau, pois para estes o Bureau de Segurança Pública (BSP) emite passaportes especiais. O ADS tem como objetivos controlar a mobilidade dos cidadãos chineses, proteger o desenvolvimento do turismo doméstico e limitar a saída da moeda estrangeira. Atualmente, 81 países são considerados ADS, entre eles o Brasil.

Chineses no mundo - Segundo dados recentes da Organização Mundial de Turismo (OMT), estima-se que 50 milhões de turistas chineses viajarão pelo mundo em 2010 e 100 milhões em 2020. Para Pedro Wendler, diretor do Departamento de Relações Internacionais do Turismo, a China pode se transformar, portanto, em um importante país emissor de turistas para o Brasil.

"O chinês quando viaja para um país gasta em média 2 mil dólares entre uma semana e 10 dias, fundamental para a geração de divisas no país visitado. E os atrativos que eles costumam buscar podem ser encontrados no Brasil, como a natureza exuberante, patrimônios históricos, atividades de saúde, bem-estar e longevidade", explica.

Pedro Wendler enfatiza ainda a paixão que os jovens chineses têm pelo futebol. "Já temos demandas de muitos deles que querem vir ao Brasil aprender a jogar futebol. Podemos trazer grupos para ficarem um mês aprendendo a jogar, assim como outros países atraem brasileiros que querem aprender línguas, por exemplo".

De acordo com a OMT, desde que o governo chinês autorizou o turismo internacional, em 1997, dados sobre o turismo chinês vêm registrando crescimento. A instituição prevê que a China será o principal motor do turismo mundial nos próximos 15 anos. Em 2004, cerca de 13 milhões de chineses viajaram ao exterior para fazer turismo - um aumento de 55% em relação a 2003.

. Mais informações sobre como participar da seleção pelo telefone (61) 3321 7817 e pelo site www.turismo.gov.br . Por: AE | Business Wire Latin America