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04/11/2016 - 09:13

Lições das urnas

No domingo, dia 30 de outubro, tivemos o segundo turno das eleições municipais em várias cidades do Brasil, entre elas sete capitais.

Os concidadãos foram conclamados a elegerem o representante maior do município, o prefeito de cidades, onde vivem e têm um interesse próximo no comando de suas cidades.

Estas eleições, ao contrário das demais existentes, foram mais econômicas, dado a vedação de doações de pessoas jurídicas e redução de gastos impostos pela minirreforma eleitoral. As pessoas puderam verificar que houve menos sujeiras nas ruas, menos poluição visual e uma modificação de partidos nos comandos das capitais, com a saída de antigos políticos e a vitória de pessoas até então estranhas àquele mundo, a exemplo de São Paulo que elegeu, em primeiro turno, um empresário de sucesso para o comando da cidade.

Em Belo Horizonte, a aversão ao mundo político, fez ser eleito um cartola do futebol, Alexandre Kalil para dirigir a Prefeitura Municipal.

Infelizmente, as campanhas e os debates políticos não tiveram um nível desejado para o esclarecimento do projeto de governo, sendo baseados mais em ofensas pessoais contra o candidato adversário do que a exposição de ideias e soluções para os problemas da municipalidade e seus munícipes.

Deve chamar à atenção a redução da representatividade dos partidos envolvidos no escândalo da Lava- Jato, notadamente o Partido dos Trabalhadores, o que demonstra que os eleitores estão preocupados com envolvimento dos Partidos com a corrupção que infelizmente assola o país. É de se observar que os expoentes maiores do PT, os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff sequer compareceram às urnas para votarem, com medo de vaias e ofensas, em uma demonstração clara, de que não são mais fortes cabos eleitorais, ao contrário, onde participaram apoiando candidatos no primeiro turno, estes tiveram quedas na intenção de votos.

O filho do ex-presidente Lula, sequer conseguiu se reeleger ao cargo de vereador em seu maior reduto eleitoral, o ABC Paulista. O Partido dos Trabalhadores saiu como o grande derrotado nas urnas das eleições municipais.

Outro fato que deve ser observado é que o grande vencedor das eleições não foram os candidatos e sim a abstenção, votos nulos e em branco.

Tal fenômeno tem aumentado a cada eleição, tendo batido recorde nesta última.

. Por: Bady Curi Neto, advogado fundador do Escritório Bady Curi Advocacia Empresarial, ex-juiz do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG).

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