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08/11/2016 - 08:14

Mais velhos e experientes procuram trabalho temporário

Crise e desemprego forçam profissionais com idade média de 33 anos a liderar a busca por um emprego temporário de fim de ano, revela pesquisa da VAGAS.com.

Os profissionais mais velhos e experientes estão liderando a procura por uma vaga temporária. É o que revela o quarto levantamento sobre trabalho temporário realizado pela VAGAS.com, empresa de soluções tecnológicas para recrutamento e seleção. De acordo com o estudo, a idade média dos trabalhadores que buscam uma oportunidade em trabalho temporário é de 33 anos.

O levantamento foi realizado de 20 a 26 de outubro deste ano por meio da base de currículos cadastrados no portal de carreira VAGAS.com.br. Ao todo foram 1599 respondentes, sendo 55% por homens e 45% por mulheres, com idade média de 33 anos, 74% pertencentes à região Sudeste e 67% ocupando cargos operacionais.

“A crise e o desemprego tem forçado esses profissionais mais velhos e experientes a olharem o trabalho temporário como uma porta de entrada para a recolocação no mercado. Antes visto como oportunidade para jovens adquirirem experiência e chance profissional, hoje o emprego temporário atrai o interesse de um público que até pouco tempo não estava atraída por esse tipo de atividade. A escassez de vagas, o acúmulo de despesas e o endividamento trouxeram uma nova classe de trabalhadores para essa função”, explica Rafael Urbano, coordenador da pesquisa na VAGAS.com.

A pesquisa também mostra o crescente interesse pelo emprego temporário em todas as faixas etárias. Da base consultada, 74% estão interessados em realizar um trabalho temporário neste final de ano. Em 2016, essa massa era de 70% e, em 2015, 67%.

Experiência em trabalho temporário — O estudo mostra que vem aumentando a cada ano o percentual de pessoas com experiência em emprego temporário. Do total de respondentes, 54% já realizaram algum trabalho temporário anteriormente. Em 2015, esse grupo era de 40% e, em 2014, 28%. Dos que estão interessados nessa oportunidade, 24% informaram já ter atuado em vagas de final de ano (como Natal e Ano Novo) e que pretendem ganhar R$ 1.620,00 por mês como temporário.

Outro dado apontado no levantamento é que, daqueles que pleiteiam uma oportunidade como temporário, a maioria está desempregada (78%). No ano passado, o índice era de 66%.

Entre os motivos apresentados dos que buscam uma vaga temporária (74%), aqueles que pretendem conseguir uma nova oportunidade de trabalho com a atividade de fim de ano representaram 30%. Há um outro grupo (26%) que pretende aproveitar para se recolocar no mercado de trabalho. Ganhar uma renda extra para pagar dívidas é desejo de 13%. Para 10%, ganhar experiência profissional é a intenção. Poupar dinheiro é objetivo de 9%. Os que pretendem pagar os estudos somam 8%. São 2% os que querem juntar dinheiro para comprar algo que desejam muito. Aproveitar a oportunidade e mudar de emprego é realidade para 2%.

Cartão de crédito, carro, cheque especial e financiamento da casa ganham peso no endividamento — O levantamento também mostra quais são os tipos de dívidas daqueles que pretendem conseguir um emprego temporário para quitar despesas (13%). Para esta mesma massa de endividados, o cartão de crédito surge novamente como maior vilão dos gastos. É o item prioritário de quitação, com 47% de preferência. As contas da casa (água, luz, IPTU etc), aparece logo na sequência dos débitos, com 46%. A importância com o pagamento dos estudos é o terceiro item, com 25%. Quitar débitos em carnês é desejo de 14%. Com 13%, o cheque especial vem logo depois. O financiamento do carro soma 10% e as demais despesas com veículo, 17%. O financiamento da casa é prioridade para 10%. Despesas com saúde aparecem na sequência, com 9% das intenções e, em último lugar, o cheque pré-datado, com 1%.

Desse mesmo estrato de endividados (13%), o levantamento conseguiu extrair o tamanho da dívida contraída. Quase metade (48%) está com despesas que variam de R$ 1 mil a R$ 3 mil. Os que declararam ter débitos de até R$ 1 mil somaram 14%. Dívidas de R$ 3001 até R$ 5 mil, 12%, e mais de R$ 5001, 17%. Os que não quiseram responder totalizaram 9%.

Diminuiu a confiança do trabalhador em conquistar vaga temporária — Pela primeira vez o estudo mostra a queda de confiança do trabalhador em conquistar uma oportunidade de emprego no final do ano. Os dados mostram que 76% estão totalmente confiantes ou confiantes com essa possibilidade. No ano passado e em 2014 essa confiança era bem maior: 94% e 80%, respectivamente.

“Com a economia estagnada e o desemprego em alta, as pessoas mostram-se menos otimistas em conquistar uma chance como temporário. Elas sabem que a concorrência aumenta e a quantidade de ofertas tende a diminuir, dificultando a disputa”, finaliza Rafael.

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