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10/11/2016 - 08:33

Microcrédito é alternativa ao pequeno empreendedor, mas exige planejamento

Num cenário de “empreender por necessidade”, que subiu 15% no último ano, crédito pode ser a alavanca para um negócio sustentável. Consultora alerta sobre riscos da falta de um plano de negócios.

Muitas são as consequências da crise econômica que vem sendo enfrentada pelo Brasil. Uma das mais impactantes é o desemprego que, segundo o IBGE, já atinge 11,8% da população. Com essa taxa aumentando a cada trimestre, os brasileiros têm procurado alternativas como o empreendedorismo — o que pode ser benéfico para o país, pela geração de novas empresas, empregos e renda.

Alternativas como o microcrédito podem ajudar a realizar o sonho de ser dono do próprio negócio. Com o objetivo de iniciar ou impulsionar potenciais empreendimentos, é concedido a pessoas físicas e microempreendedores formais ou informais, principalmente quando não há meios para comprovação de renda, com a vantagem de oferecer melhores condições de pagamento a juros menores.

Mas antes de se optar por essa ou qualquer outra modalidade de crédito, é necessário avaliar se o valor financiado é compatível com as necessidades do negócio e a capacidade de pagamento. Os próprios bancos auxiliam nessa análise, orientando com relação a quantia mais adequada para atender às expetativas do microempreendedor. Algumas instituições financeiras já oferecem essa modalidade, como Itaú e Banco do Brasil. Além disso, a Caixa Econômica Federal divulgou que estuda oferecer microcrédito aos beneficiários do Minha Casa Minha Vida, visando auxiliá-los a abrir seus próprios negócios.

O problema é que, segundo a pesquisa Global Entrepreneurship Monitor, feita em parceria pelo Sebrae e o Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP), o empreendedorismo por necessidade subiu de 29% em 2014 para 44% em 2015. Ao mesmo tempo, o número de brasileiros que abriram empresa por identificar uma oportunidade e não por necessidade teve queda expressiva e voltou ao patamar de 2007. E uma das questões mais preocupantes nesse cenário é a falta de preparo: a maioria desses negócios abertos por necessidade não se sustenta por muito tempo. Geralmente eles foram abertos visando atender à necessidade do desempregado e não do cliente.

Para ter uma chance maior de sucesso, esse empreendedor precisa refletir sobre que tipo de negócio atende o mercado e fazer um planejamento, mesmo que incipiente. Ter um plano de negócios que defina as características da empresa, perspectivas de faturamento e despesas e modelo operacional é essencial para que o crédito, de qualquer espécie, seja tomado de forma responsável, contribuindo para uma gestão financeira sustentável e diminuindo os riscos que envolvem a atitude de empreender.

A boa notícia é que existem inúmeras alternativas e ferramentas, inclusive gratuitas, que podem auxiliar os milhares de novos empreendedores nesse planejamento. Para Alessandra Fonseca, consultora organizacional e sócia-proprietária da ConsultaRH – Coaching e Treinamentos, “instituições como o Sebrae, por exemplo, oferecem treinamentos, materiais e consultorias gratuitas para microempreendedores. Além disso, há muito material na internet. Ou seja, há informação disponível; só é preciso ter consciência da importância do plano de negócios, de se estudar o mercado, antes de sair abrindo uma empresa e, principalmente, buscando crédito sem planejamento. A ansiedade e, muitas vezes, a própria necessidade, também faz com que esse novo empresário acabe cometendo alguns erros ”, afirma.

Segundo Alessandra, estudar o segmento de atuação, encontrar uma oportunidade de mercado nessa área, pesquisar as necessidades do consumidor e o que a concorrência está fazendo são passos iniciais básicos que evitam decisões equivocadas e, consequentemente, riscos maiores. E esse planejamento fará diferença na hora da concessão de crédito – seja ele para a abertura ou ampliação do negócio.

Alessandra Fonseca —Formada em Psicologia pela Universidade de Brasília e especializada em Administração de Recursos Humanos pela Fundação Getúlio Vargas, Alessandra Vieira Fonseca é consultora organizacional, instrutora e palestrante especializada em Gestão de Pessoas e Recursos Humanos. A profissional atua na área organizacional desde 1993 e é sócia-proprietária da ConsultaRH - Coaching e Treinamentos. Sua consultoria desenvolve trabalhos nas áreas de coaching, treinamentos empresariais e motivacionais, pesquisa de clima organizacional, avaliação de desempenho, políticas de cargos e salários, mapeamentos de competências, dentre outros.

Alessandra é coach pela Sociedade Brasileira de Coaching - Executive Coach & Alpha Analist, Personal & Professional Coach e credenciada ao CouchSource (EUA). Além disso, é consultora do Fórum Permanente de MPEs/MDIC, instrutora-líder certificada para o Empretec - ONU, trainer credenciada do Coach Source (EUA) e professora da pós-graduação da FGV.

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