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12/03/2008 - 13:38

Antonio Parreiras: História de um pintor contada por ele mesmo


A Caixa Cultural Rio inaugura, a mostra de um dos maiores paisagistas brasileiros - Antonio Parreiras: História de um Pintor Contada por Ele Mesmo.

Antonio Parreiras foi um ícone na história da arte do Rio de Janeiro no final do século 19 e início do 20. Antônio Diogo da Silva Parreiras – nascido em 1860, em Niterói, e falecido na mesma cidade, em 1937 - era pintor, desenhista, decorador, professor e escritor. Conduziu sua vida artística de forma determinada, tanto que gravou na fachada de seu ateliê em Niterói a frase “Trabalhar é viver”.

Composta por 60 trabalhos, entre paisagens, marinhas, nus femininos, desenhos, decorações, croquis e estudos (para as decorações) em diversas técnicas, a mostra traz ainda os desenhos realizados pelo artista para seu livro autobiográfico “História de um pintor contada por ele mesmo”, e mais dois óleos do acervo da Caixa Cultural– Vila Suíça (óleo sobre tela, 1916) e Retiro de Santa Terezinha (óleo sobre madeira, 1922).

O público poderá acompanhar o passo-a-passo da realização de suas monumentais obras, que hoje enriquecem ambientes como a Sala Leopoldo Miguez, na Escola de Música da UFRJ, bem como o Conservatório de Música de Belo Horizonte e o Palácio da Liberdade”.

“A seleção das obras foi difícil diante do enorme acervo do artista, pertencente ao Museu Antonio Parreiras, em Niterói. Foram privilegiadas obras não tão conhecidas do público e que estão muito bem conservadas na reserva técnica do museu”, afirma a curadora Piedade Grinberg.

A mostra Antonio Parreiras: História de um Pintor Contada por Ele Mesmo, foi selecionada pelo edital 2007 de ocupação dos espaços da Caixa Cultural.

O Artista - O pintor e professor de arte José Maria dos Reis Junior descreve Antonio Parreiras como “um impulsivo, com um fundo romântico e sentimental, que o levava a conservar em sua pessoa os atributos clássicos do jovem aluno aprendiz: cabeleira desgrenhada, blusa e gravata La Valliére (...), de temperamento sadio e exuberante. A operosidade de Parreiras revela a ânsia de fixar a fisionomia passageira de tudo que o emocionara fortemente e, não contente dessas imagens visuais, recorre à história e apela para a imaginação. E essa é espantosa: poucos artistas no Brasil terão produzido tanto”.

Parreiras iniciou seus estudos artísticos em 1883, como aluno amador na Academia Imperial de Belas Artes, no Rio de Janeiro, passando a aluno efetivo em 1884 nas aulas de Paisagem, Perspectiva e Aritmética. Neste período freqüenta as aulas do artista alemão Georg Grimm (1846-1887). Grimm perturba a harmonia acadêmica, não só pelos seus pontos de vista sobre arte, que defendia com rigor, mas igualmente pela sua postura didática livre, porém rígida, estabelecendo, sobretudo, um vínculo romântico com os alunos, uma amizade resultante de analogias de interesses ao mesmo tempo em que moldava sua formação e a sua vida profissional.

Quando Grimm afasta-se da Academia por questões burocráticas e de preservação institucional, Parreiras, um dos seus alunos prediletos, passa a integrar o chamado “Grupo Grimm” ao lado de Giambattista Castagneto, Hipólito Caron e Domingos Garcia y Vasquez, entre outros. O “grupo” passa a se dedicar à pintura ao ar livre nas praias de Niterói e, posteriormente, em outros locais do interior do Estado.

Em 1888, viaja para a Itália, freqüentando a Escola de Arte de Veneza. De 1906 a 1920, visitou diversos países europeus, fixando-se por longos períodos. Em Paris, mantém ateliê nos mais variados locais da cidade, realizando importantes trabalhos. De 1885 a 1937 (ano de sua morte), participa de cerca de setenta exposições individuais e coletivas.

Em 1941, é fundado o Museu Antônio Parreiras em sua casa-ateliê, em Niterói, com o objetivo de preservar e divulgar sua obra. Este foi o primeiro museu no Brasil dedicado a um único artista. Suas obras são encontradas nos mais importantes acervos públicos, museus e coleções particulares.

Antonio Parreiras – História de um Pintor Contada por Ele Mesmo,de 18 de março a 27 de abril de 2008, de terça a domingo, das 10h às 22h, na Caixa Cultural Rio – Galeria 1, Av. Almirante Barroso, 25, Centro, Rio de Janeiro. Telefone: (55 21) 2544-4080.Entrada franca. Metrô: Carioca | Acesso para portadores de necessidades especiais | Visitas guiadas para escolas com agendamento prévio. | Site do espaço: www.caixacultural.com.br

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