Filme traz última entrevista filmada com o economista, considerado um dos maiores pensadores do País do século XX

"E aí estamos. E agora, para onde é que vamos?", pergunta Celso Furtado, do alto de seus 84 anos. De fala miúda, rápida e sincera, o economista concedeu sua última entrevista filmada cinco meses antes de falecer – morreu em novembro de 2004. E é esse material que o diretor José Mariani usa para costurar a narrativa de O Longo Amanhecer, cinebiografia de Furtado, considerado um dos maiores pensadores brasileiros do século XX.

A obra se utiliza da trajetória do próprio economista para traçar um rico panorama da história e da política brasileira e latino-americana. Parte de sua “tendência para ficção” que sentia desde menino, passa pela formação em Direito e chega até seus grandes momentos na política brasileira - como sua importância na criação e coordenação da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e seus dois anos como ministro do Planejamento do governo João Goulart até ter seus direitos políticos cassados e ser exilado em 1964, entre outros.

Com depoimentos de Antonio Barros de Castro, Francisco de Oliveira, José Israel Vargas, João Manuel Cardoso de Melo, Maria da Conceição Tavares, Osvaldo Sunkel e Ricardo Bielschowsky, O Longo Amanhecer faz um paralelo entre o Celso Furtado pensador e o político e mostra como ele foi capaz de unir teoria e prática como poucos em seu meio. Em 2006, recebeu o Prêmio CNBB de Cinema de melhor média-metragem.

Estréia em São Paulo e no Rio de Janeiro no dia 04 de abril. O Longo Amanhecer - Cinebiografia de Celso Furtado | Direção e roteiro: José Mariani | Consultor: Ricardo Bielschowsky | Edição: Helena Lent E José Mariani | Direção De Produção: Daniela Muzi | Produção Executiva: João Vargas e José Mariani | Produtora: Andaluz | Duração: 73 minutos.