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26/11/2016 - 09:48

BNDES destina R$ 23 milhões para o combate à zika no Brasil

Apoio é esforço do BNDES em assistir a saúde pública do país. Recurso se destina a projeto da Fiocruz de enfrentamento da epidemia. Resultados esperados englobam combate à dengue e chikungunya.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou apoio não reembolsável no valor de R$ 23 milhões para o plano da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de enfrentamento da epidemia de zika, com impactos positivos também para dengue e chikungunya. Os recursos do BNDES Funtec serão destinados ao desenvolvimento de kits de diagnóstico e ações de combate ao vetor de transmissão do vírus. O BNDES Funtec é uma forma de apoio financeiro não reembolsável a projetos de pesquisa aplicada, desenvolvimento tecnológico e inovação.

Segundo o comunicado do banco, desde 2008, o BNDES já apoiou 30 projetos de pesquisa e desenvolvimento de medicamentos e produtos para saúde, totalizando R$ 352 milhões em recursos não reembolsáveis do BNDES Funtec. A participação do BNDES no projeto da Fiocruz viabiliza a antecipação de resultados para a saúde pública, evitando maiores prejuízos à população, principalmente àquela em situação de maior vulnerabilidade social.

Diagnóstico — O projeto prevê o desenvolvimento de três testes de diagnóstico cujas características diferem dos testes já disponíveis no mercado. Dentre os três produtos haverá duas categorias de testes, que são complementares e utilizados em fases distintas da doença.

O teste molecular, mais moderno, destaca-se por sua sensibilidade e especificidade, devendo identificar os vírus da zika, dengue e chikungunya com maior segurança. Já os testes sorológicos, por se basearem na reação do organismo à presença do vírus, podem ser utilizados muito tempo após a transmissão do vírus pelo mosquito. Por isso são importantes para pacientes assintomáticos, possibilitando aferir se já foram infectados anteriormente.

Combate -— Complementam o projeto duas ações de combate ao vetor. A primeira delas busca validar o uso da bactéria Wolbachia no Aedes aegypti para interromper o ciclo de transmissão, não só da dengue, mas também da zika e da chikungunya. A metodologia foi desenvolvida na Austrália e as etapas a realizar no Brasil visam avaliar sua eficácia em áreas mais extensas e de maior densidade demográfica.

Em paralelo, será apoiada a avaliação do uso do próprio mosquito como veiculador de larvicida. O método visa solucionar o problema de acesso àqueles criadouros de insetos não tratáveis pelos meios de controle tradicionais, seja por dificuldade de acesso ou mesmo por impossibilidade de identificação.

Pesquisa — O zika é um vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, cuja primeira transmissão no país foi registrada em abril de 2015. Por ser recente, seus mecanismos de atuação carecem de maior conhecimento, e tem se demonstrado capazes de produzir graves manifestações neurológicas – como a microcefalia ou a síndrome de Guillain-Barré. Os casos de zika associados à microcefalia no Brasil levaram à declaração de Estado de Emergência em Saúde Pública.

Em 2016, até meados de setembro, foram registrados 200.465 casos prováveis de febre pelo vírus zika no país, tendo sido confirmados 109.596 casos. O seu efeito pode ser devastador sobre bebês de grávidas infectadas, com danos permanentes às crianças. Nestes casos, toda a família é afetada, constituindo-se uma gravíssima questão de saúde pública. A coexistência com os vírus da dengue e da chikungunya vem suscitando outras questões importantes que precisam ser mais investigadas.

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