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29/11/2016 - 07:55

Mais exercícios, mais saúde, mas com mais orientação

O sedentarismo, associado à ingestão calórica excessiva, tem favorecido ao longo dos anos o aumento da obesidade ao redor do mundo. No Brasil, estima-se que mais de 50% da população com mais de 18 anos de idade esteja acima do peso ideal.

Entre as crianças, o excesso de peso também é algo crescente e preocupante, passando de 9,7%, em 1974, para 33,5%, em 2009. Ao mesmo tempo em que se observa o aumento da obesidade, também percebe-se a arriscada diminuição das aulas de educação física nas escolas. Trata-se de um total contrassenso, já que cerca de um terço dos adultos obesos foram crianças obesas.

Se anos atrás, as escolas davam três aulas semanais de educação física, atualmente, dão apenas uma, sendo que algumas escolas priorizam apenas a teoria, sem sequer aliá-la à prática.

A prática regular de exercícios físicos é um dos principais agentes não farmacológicos para a prevenção e tratamento não só da obesidade, como também de outros males, como o diabetes tipo 2, a doença arterial coronariana e a hipertensão arterial. O aumento dessas doenças representa cerca de 60% dos gastos públicos mundiais com o setor da saúde, despesa que poderia ser muito menor caso houvesse interesse do poder público em desenvolver projetos contínuos e de qualidade de promoção à saúde por meio dos exercícios.

Infelizmente, ainda é pouca a parcela da população que adota uma vida ativa. Dados de 2014 da entidade internacional IHRSA revelaram que, no Brasil, apenas 4% dos brasileiros maiores de 18 anos frequentam academias e 34% realizam atividades físicas nas ruas, parques ou em casa - com ou sem orientação profissional. Os demais 62% são sedentários.

É importante ressaltar que o incentivo do setor público à prática de exercícios físicos no país deveria ser mais intenso. Embora existam alguns poucos projetos de estímulo como ciclovias, parques e praças com estruturas semelhantes a de academias ao ar livre, ainda faltam profissionais de Educação Física qualificados e devidamente registrados para orientar e acompanhar a população. E isso faz grande diferença.

Por isso, quem deseja ter uma vida ativa e quer contar com essa ajuda, é preciso atenção. Evite os pseudoprofissionais, exija a carteira de registro profissional e busque sempre quem realmente se interessa em passar conhecimento. Esse cuidado lhe garantirá mais motivação para os exercícios e, claro, como resultado natural, muito mais saúde.

. Por: Adilson Reis Filho, graduado em Educação Física; pós-graduado em Fisiologia do Exercício, em Reabilitação Cardíaca e Grupos Especiais, e em Envelhecimento e Saúde; e mestre em Biociências. instagram @reisfilho.

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