Apesar das dificuldades e queda do dólar mercado de biscoitos mantém nível de exportações em 2007

Encontrar novos nichos, conquistar novos mercados, renegociar com os clientes tradicionais, customizar-se aos mercados em potencial, oferecer produtos com maior valor agregado e adequados ao desejo a às necessidades diversas dos consumidores de diferentes países. Estas foram algumas das saídas encontradas pelos fabricantes nacionais de biscoitos durante o ano de 2007 para conseguirem se manter com competitividade no mercado internacional.

“As exportações do setor foram penalizadas, ao longo do ano passado, pela queda do dólar, somada a um realinhamento de preços devido a pressões dos custos operacionais, que cresceram internamente. A farinha, por exemplo, teve um aumento de 30%”, explica José dos Santos dos Reis, presidente do Sindicato da Indústria de Massas Alimentícias e Biscoitos do Estado de São Paulo – Simabesp.

No que diz respeito às vendas externas, o mercado de biscoitos fechou 2007 com um faturamento de US$ 91,61 milhões, 11,2% acima dos US$ 82 milhões registrados em 2006. Em volume, porém, houve uma queda de 8%, com uma exportação de 54,63 mil toneladas contra 59,32 mil toneladas em 2006.

“Mas consideramos estes resultados um sucesso, pelo esforço dos nossos associados em termos de negociação, pela busca de novos mercados, participação em feiras internacionais e diversificação de produtos”, afirma Reis. “É um sinal do nosso empenho em buscar novos parceiros e procurar manter a competitividade do produto brasileiro”. Ele é categórico ao dizer que ainda vale a pena exportar: “trabalhamos muito para estar no mercado internacional e não podemos perder todo o investimento feito ao longo dos anos”.

Os biscoitos brasileiros são vendidos para 118 países de todo o mundo, sendo que os principais compradores são Angola, Paraguai, Uruguai, Cuba, Estados Unidos e Portugal.

Segundo maior produtor mundial - O mercado brasileiro de biscoitos fechou o ano de 2007 com uma produção de 1.13 milhões de toneladas, 1,7% acima de 2006, confirmando a posição de segundo maior produtor mundial. Este crescimento, segundo o presidente do Simabesp, deve-se a uma maior diversificação em termos de produtos, sabores e formatos de embalagens. O faturamento ficou em torno de R$ 7,42 bilhões, enquanto em 2006 foi de R$ 6,88 bilhões.