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06/12/2016 - 07:35

Brasil investiu R$ 626,1 bilhões no setor da construção em 2015

Fiesp entregou ao governo o estudo técnico do 12º Construbusiness durante o Congresso Brasileiro da Construção.

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) lançou o 12º ConstruBusiness – Investir com Responsabilidade, durante o Congresso Brasileiro da Construção no dia 5 de dezembro (segunda-feira), na sede da entidade. Segundo a publicação, o Brasil investiu R$ 626,1 bilhões em construção em 2015. Para 2016, estima-se um investimento de R$ 592 bilhões, ou seja, uma queda de 5,4%, em termos reais. O material mostra também que de 2014 até 2016 os investimentos devem cair 20,1%, em termos reais.

Elaborado pelo Departamento da Indústria da Construção (Deconcic) da Fiesp, o estudo traz uma análise da cadeia produtiva, focando em investimentos para infraestrutura econômica (energia, transportes e telecomunicações) e desenvolvimento urbano (habitação, mobilidade urbana e saneamento), no período de 2017 a 2022.

Para o presidente da Fiesp e do Ciesp, Paulo Skaf, esses dados mostram o quanto é urgente a retomada dos investimentos em infraestrutura, setor vital na geração de empregos e crescimento do país. “Precisamos criar um ambiente de negócios favorável, transparente, investir numa agenda propositiva para o setor com a participação de empresas de todos os portes”, afirmou. “Esse é o momento para que façamos de fato as reformas tão necessárias, para o bem do país, para o futuro do país, para a retomada do crescimento, que é do que o Brasil mais precisa agora, para recuperar os empregos que perdeu, para recuperar as empresas que perdeu. O Brasil é maior que qualquer crise”.

Levando em conta as estimativas dos investimentos em construção de 2016, esse montante equivalerá a cerca de 9,3% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional e de 60% da formação bruta de capital fixo no país. E para que o Brasil atinja um patamar positivo até 2022, são necessários investimentos anuais de R$ 682,2 bilhões, cerca de 10,6% do PIB nacional. Isso significa que para alcançarmos níveis satisfatórios em desenvolvimento urbano e infraestrutura econômica, os investimentos devem somar R$ 4,093 trilhões no total do período.

Para Carlos Eduardo Auricchio, diretor titular do Deconcic, o impacto disso sobre a competitividade do país é enorme. “A cadeia produtiva da construção constitui uma imensa força, que pode contribuir de maneira significativa com o crescimento do Brasil. Atualmente suas atividades reúnem cerca de 6,2 milhões de trabalhadores com carteira assinada, o que representa 13,4% da força de trabalho no país. A retomada dos empreendimentos pode garantir a geração de empregos imediatos, além de retorno financeiro aos cofres públicos, por meio dos tributos”, disse.

Projeções 2017-2022: na área de transportes, as necessidades de investimentos somam de R$ 68 bilhões por ano para rodovias, ferrovias, portos e aeroportos. Além disso, são necessários R$ 17,5 bilhões para a expansão do sistema de geração, transmissão e distribuição de eletricidade e R$ 20,6 bilhões para projetos na exploração, produção e distribuição de petróleo e gás. E, para telecomunicações, são necessários investimentos na ordem de R$ 7,7 bilhões. Com isso, o total de investimentos necessários em infraestrutura econômica é de R$ 114,1 bilhões por ano no período.

Já em desenvolvimento urbano, é necessário fomentar e conceder crédito para investimentos. Na área habitacional, o investimento soma R$ 205,5 bilhões por ano para novas moradias, R$ 155,4 bilhões para reformas, ampliações e construção de edificações comerciais. No campo da mobilidade urbana, é preciso injetar R$ 13,4 bilhões anuais para projetos em metrôs e trens. Enquanto R$ 13,1 bilhões por ano devem ser consumidos para saneamento básico. O total de investimentos necessários para a área de desenvolvimento urbano é de R$ 387,6 bilhões por ano no período.

“No déficit habitacional, de 2010 a 2014 observou-se uma queda anual de 3,3% ao ano, uma redução total de 873 mil moradias no período. Para atender às novas famílias, eliminar a precariedade e reduzir a coabitação será necessária a construção de 8,8 milhões de moradias, cerca de 1,5 milhão por ano, até 2022”, avaliou Auricchio.

Segundo ele, o objetivo do 12º ConstruBusiness é discutir com empresários e representantes do setor, autoridades dos governos federal, estadual e municipal, imprensa, acadêmicos e a sociedade, a responsabilidade com o investimento de uma maneira focada em tudo aquilo que pode, de fato, destravar o investimento no setor da construção.

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