Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

09/12/2016 - 07:28

Qualificação profissional de jovens

Sonho das empresas concretizado por meio do Programa Jovem Aprendiz.

Em 2015, o Instituto Ethos realizou uma pesquisa em que traça o perfil social, racial e de gênero das 500 maiores empresas do Brasil, inclusive com análise sobre os participantes do Programa Jovem Aprendiz. Neste quesito, foi identificado que 77,9% dos principais gestores entrevistados acreditam que a presença dos Aprendizes em sua empresa é adequada, enquanto 11,5% desses dirigentes acham que a quantidade de jovens até está abaixo do que deveria.

Segundo 45,4% dos gestores, o que gera essa percepção de baixo número de Aprendizes nas empresas, é a falta de qualificação profissional. No entanto, isto é um paradoxo, pois o Programa Jovem Aprendiz tem como missão inserir e capacitar os jovens, entre 14 e 24 anos, e possibilitar o aprendizado na prática, além do desenvolvimento profissional contínuo. Ou seja, é inerente ao aspirante a primeiro emprego que seja inexperiente e só comece a ter alguma formação profissional quando tiver a oportunidade de vivenciar este contexto.

Atualmente, o fator que mais evidencia o desemprego de jovens é justamente a falta de formação e/ou experiência, o que reduz a possibilidade de encontrar uma vaga, uma vez que a maioria das empresas exige que o candidato tenha algum conhecimento profissional. É o que mostra uma pesquisa realizada, em 2015, pela Organização Internacional do Trabalho (OIT): no Brasil 15,8% das pessoas de até 24 anos não trabalham, ou seja, muitos deles não têm qualificação ou estudo para ingressar no mercado de trabalho.

O Programa Jovem Aprendiz é a melhor forma de mudar esta estimativa, por meio dele é possível conseguir a primeira oportunidade e ter o contato com o ambiente corporativo. Até porque neste programa, o jovem possui a Atividade teórica que pode auxiliar na formação escolar recebida pelo jovem. No caso no Espro - Ensino Social Profissionalizante – instituição que já atendeu desde seu surgimento, em 1979, mais de 150 mil jovens por meio programa – disciplinas como Matemática Financeira e Comunicação Escrita compõem o material didático próprio utilizado nas salas de Treinamento. No entanto, o desconhecimento da lei ainda é o maior empecilho para o crescimento do número de inseridos no programa.

Ainda na pesquisa do Instituto Ethos, 36,4% dos gestores entrevistados relatam que a escassez de Aprendizes nas empresas se dá pela falta de conhecimento ou experiência da empresa para lidar com este tema. Por isso, para que o cenário mude, é primordial que as organizações se conscientizem sobre a importância do programa e contrate ainda mais jovens como Aprendizes, a partir da cota equivalente a 5% no mínimo e 15%, no máximo, do total de trabalhadores registrados em cada estabelecimento, cujas funções demandem formação profissional, estabelecida pela Lei 10.097/2000, regulamentada pelo Decreto n.º 5.598/05. As entidades certificadoras podem ser a fonte de esclarecimento que as empresas tanto buscam. Por trabalharem com a realidade de inserção do jovem e serem validadas pelo MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), têm a competência desejada para serem aliadas das corporações no fomento à Aprendizagem no país.

Para que os jovens tenham a oportunidade de primeiro emprego e a tão falada qualificação profissional, as empresas podem ir além de cumprir a cota ou alcançar a meta do MTE. O propósito do Programa Jovem Aprendiz é investir em futuros profissionais, numa vivência prática em que o jovem ganha conhecimentos sobre áreas especificas e atualidades e, assim, pode descobrir qual área quer seguir e ainda construir uma carreira na empresa em que começou. E algo primordial: carrega em sua bagagem e desenvolvimento a cultura da organização, o que reflete em seus resultados. É isso que as corporações podem usar a seu favor: a formação de novos talentos alinhados à sua cultura.

Milhares de jovens participam do programa em todo país. De 2012 a 2015, foram mais de 1,2 milhão conforme dados do MTE. Thamires Rodrigues, 20 anos integra esta estatística. Foi Jovem Aprendiz pelo Espro - Ensino Social Profissionalizante, instituição que já atendeu desde seu surgimento, em 1979, mais de 150 mil jovens por meio programa. Foi efetivada na empresa em que atua há cinco anos, já cursa uma graduação e cresce profissionalmente a cada dia. Ela atribui o sucesso à oportunidade que recebeu da instituição e empresa e também à dedicação dos instrutores. E com autoconfiança relata: “quando as empresas acreditam em nós, o mundo inteiro acredita”.

Uma das organizações que mais investem no desenvolvimento dos jovens é a LG, que implantou o Programa Jovem Aprendiz, em 2010. A área de Recursos Humanos da empresa preza pela transformação da sociedade e acredita que isso é plenamente viável por meio da Educação e do programa Jovem Aprendiz. Segundo eles, esta é a oportunidade ideal para os jovens que não têm acesso à capacitação e preparação para o mercado de trabalho e assim possam batalhar por um futuro melhor. A empresa envolve os gestores dos Aprendizes desde o começo. Assim, na efetivação, podem escolher o perfil mais adequado para suas áreas. Passam também por uma preparação para receber e lidar com os jovens da forma adequada, realizada pela área de RH.

Para que mais jovens possam participar do Programa Jovem Aprendiz é necessário que os atores responsáveis cumpram seus papeis. Se cada um fizer a sua parte o Brasil será um país, cada vez mais, de oportunidades. A tríade para que isso se concretize é formada pelas entidades certificadoras, empresas e jovens.

No caso das entidades certificadoras, tendo como exemplo o Espro, há a busca do jovem e intermediação do primeiro contato dele com o mundo do trabalho, além do acompanhamento de todo processo antes e depois deles começarem a trabalhar – e até mesmo após o término do contrato – pois é por meio deste contato inicial que muitos são efetivados, ou seja, eles obtêm a continuidade de oportunidades por meio do programa e acompanhamento da entidade certificadora e, claro, pela disponibilização de vagas pelas empresas.

Estas parcerias (entidade e empresa), por sua vez, dão a oportunidade e desenvolvem o jovem na prática e, muitas organizações, apesar de terem que cumprir a cota, vão além e investem nestes iniciantes efetivando-os, pois veem neles um talento potencial;

Os jovens – maiores beneficiados desta política pública – buscam a primeira oportunidade e encontram no programa uma forma de fazer uma faculdade, ajudar a família ou até mesmo começar a juntar para comprar uma casa, entre outras conquistas;

Importante ressaltar ainda neste contexto, os familiares que também têm papel coadjuvante neste cenário, pois dão todo apoio, acreditam no crescimento dos filhos e vibram com as conquistas.

Dessa maneira, o programa ultrapassa o objetivo principal de inserção no mercado de trabalho e passa a ser um agente de cidadania e de transformação de vida. Todos ganham com a adesão ao programa e a missão – alicerçada nos Objetivos 8 e 10 de Desenvolvimento Sustentável da ONU* e de corresponsabilidade dos diversos atores da sociedade descritos acima – é concretizada.

. *O Espro embasa sua missão nos princípios de idoneidade, reputação e confiança e realiza ações condizentes com a Agenda 30* no propósito de dar sua contribuição para que o Brasil atinja os ODS - Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Os objetivos 8 e 10 referem-se à geração de ações que possam contribuir para Emprego Digno e Crescimento Econômico e para Redução das Desigualdades, respectivamente.

. Por: Paulo Vieira, formado em Administração de Empresas e em Tecnologia de Processos Gerenciais. Iniciou a sua trajetória no Espro em 2008, como instrutor do Programa Jovem Aprendiz. Em 2011, atuou como Consultor de Novas Parcerias da área Marketing e Relacionamento e, após dois anos, passou a supervisionar as atividades do setor. Hoje é gerente Nacional de Marketing e Relacionamento.

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira