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09/12/2016 - 07:33

Meu pedido para Papai Noel


Enfim, mais um Natal se aproxima. Tempo de estar perto da família, dos amigos e tempo de refletir sobre o ano que se finda. Sobre as nossas escolhas, sobre os nossos valores e sobre os sonhos e tudo aquilo que desejamos para o próximo ano.

Eu acredito que dar significado real as ações que envolvem o NATAL, escolher a perspectiva do amor e da fraternidade e pautar a celebração pelo sentimento, traz à tona o que de melhor a data tem: evidenciar a capacidade de amar e que nos faz humanos.

Eu não acho justo culpabilizar os pais ou responsabilizá-los exclusivamente pela necessidade de educar e mostrar aos filhos o que se pode ter de acordo com o contexto e os valores que cada família vive por conta de datas como o Natal.

Esse é um cenário que faz parte da vivência de todas as famílias desde que o mundo é mundo. E simplesmente porque criança também é criança desde sempre. Desde sempre criança desejou presentes no Natal. E criança não sabe desejar só os presentes que cabem no orçamento e aqueles que são possíveis. Porque é isso que é ser criança: desejar o mágico e o impossível com simplicidade e verdade.

E os pais sempre tiveram que traduzir os sonhos em realidade. E traduzir não significa literalmente. Claro que não. Significa simplesmente trazer o desejo a realidade de forma possível.

Minha neta escreveu sua carta ao Papai Noel e pediu uma casa na árvore com cozinha. E em nenhum momento dissemos para ela que ter uma casa na árvore com cozinha é impossível. Simplesmente a deixamos acreditar.

Então ela foi encontrar Papai Noel no shopping. E o bom velhinho tá tão focado em manter os pés no chão como se sua figura fantástica fosse inadequada, que se ocupou em explicar para minha neta que seu desejo era impossível. Quem mora num apartamento não pode ter casa na árvore.

Fiquei com pena do Papai Noel pela angústia que vi em seus olhos. Como ser do faz de conta numa época em que o faz de conta tem que ter doses incoerentes de realidade pode ser cruel.

Minha neta vai ganhar sua casa na árvore com cozinha. Não é bem na árvore. É no quarto dela mesmo. Mas tem toda pinta de casa na árvore. E vai ganhar cozinha, porque casa sem cozinha não dá. Ainda mais na árvore. Ao invés de explicar para ela que casa na árvore não dá; prefiro deixar seu mundo fantástico transformar seu quarto na copa de uma árvore linda e gigante no meio de sua floresta encantada.

E por tudo isso, meu pedido especial para o Papai Noel é um só: que as crianças acreditem. Que o mundo permita que suas fantasias floresçam. Que ganhem asas e sejam quase realidade. Porque é disso que se trata a infância: sonhar e brincar. Se desejamos proteger a infância, devemos começar a proteger a essência da criança: a capacidade de acreditar, de sonhar e de criar realidades mágicas. É isso que realmente pode transformar o mundo. Feliz Natal com felizes sonhos para 2017.

. Por: Marici Ferreira, presidente da Associação Brasileira de Licenciamento (ABRAL).

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