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15/12/2016 - 08:34

Balança comercial deverá ter superávit histórico de US$ 51,4 bilhões em 2017, projeta AEB


A Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), prevê que s recursos com as vendas externas de minério de ferro no Brasil devem crescer 35,7 por cento em 2017 na comparação com 2016, para US$ 16,875 bilhões.

Brasília (DF) — A balança comercial brasileira deverá registrar em 2017 um superávit histórico de US$ 51,647 bilhões, resultado de exportações no valor de US$ 197,360 bilhões (com uma alta de 7,2% em relação ao montante de US$ 184,163 bilhões estimados para 2016) e importações de US$ 145,713 bilhões —aumento de 5,2% em relação aos US$ 138,509 bilhões projetados para 2016—. A previsão foi lançada no dia 14 de dezembro (quarta-feira), pela Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB). Para 2016, a entidade prevê um saldo de US$ 45,654 bilhões, gerado por exportações de US$ 184,163 bilhões e importações de US$ 138,509 bilhões.

Para o próximo ano, a AEB projeta aumentos expressivos nas exportações de produtos industrializados como aviões —alta de 8,2% para US$ 4,5 bilhões—, automóveis —crescimento de 10,8% para US$ 5 bilhões—, de autopeças —elevação de 7,9% e receita de US$ 2,010 bilhões—, e também de laminados planos —aumento de 13,5% e receita de US$ 1,740 bilhão—.

A comodity soja em grão com alta de superior a 13,4% — A instituição prevê igualmente altas relevantes nos embarques de produtos primários, a começar pela principal commodity exportada pelo país, a soja em grão, que deverá gerar uma receita de US$ 21,660 bilhões, superior em 13,4% aos US$ 19,098 bilhões projetados para o ano de 2016.

Aumentos igualmente bastante significativos poderão acontecer em relação às vendas externas de minério de ferro —alta de 35,7% e receita de US$ 16,875 bilhões—,de petróleo em bruto —crescimento de 26,6% e receita de US$13,500 bilhões— e de carne de frango, que poderá gerar uma receita da ordem de US$ 6,300 bilhões (alta de 6,2% sobre 2016).

A previsão da AEB sosbre o impulso ao petróleo, deve-se ao recente acordo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para cortar a produção em 1,2 milhão de barris de petróleo (bpd). As vendas do Brasil de petróleo ao exterior devem crescer 26,6% em 2017 ante 2016, para US$13,5 bilhões, enquanto a cotação média do insumo deverá ter um cresciemnto de 24,5%, para US$ 300 por tonelada.

No que diz respeito aos produtos semimanufaturados, a AEB projeta elevação nas exportações de açúcar em bruto —aumento de 29% e receita de US$ 8,307 bilhões—, celulose —aumento de 8,8% para US$ 6,020 bilhões—, de semimanufaturados de ferro e aço —alta de 10,8% e receita de US$ 2,975 bilhões— , e de ferro-ligas —aumento de 7,1% gerando uma receita no valor estimado de US$ 2,250 bilhões—.

De acordo com a Associação, o superávit comercial projetado para 2017 deverá ser ajudado pelo aumento das exportações e importações, e consequente elevação da corrente de comércio. A AEB destaca ainda que as projeções foram elaboradas considerando-se o cenário vigente neste momento e alguns fatores de incerteza que pairam sobre 2017.

Entre eles, menciona a eleição de Donald Trump e suas eventuais ações de protecionismo, revisão de acordos comerciais, elevação de juros, atração de capitais financeiros e/ou de investimentos produtivos; reflexos comerciais decorrentes do reconhecimento, ou não da China como economia de mercado; dúvidas se a recente elevação acima de 50% nas cotações do minério de ferro, apurada desde o início de novembro, é resultado de especulações ou de razões técnicas; a aproximação entre Trump e Putin; e o Brexit, seus impactos econômico-comerciais e exemplo para outros países ou blocos, entre outros.

Foco no mercado dos Estados Unidos — Na visão da AEB, com a taxa cambial oscilando entre R$ 3,20 e R$ 3,50, seu impacto será limitado ou até mesmo inexistente e, — a América do Sul deverá continuar sendo o principal mercado para os produtos manufaturados brasileiros. O mercado dos Estados Unidos continuará sendo um objetivo a ser alcançado, apesar da competitividade limitada dos produtos brasileiros. Por outro lado, exportar manufaturados para a União Europeia poderá ficar mais difícil após a desvalorização de cerca de 20% do euro frente ao dólar, — o que torna as exportações brasileiras mais caras.

Mercado chinês — E em relação à China, pelo fato de o Brasil exportar basicamente commodities, a taxa cambial não provocará impacto nos manufaturados. Entretanto, as vendas para a China poderão ser afetadas negativamente por uma eventual redução nas cotações das commodities.

Para AEB a participação das commodities na pauta de exportação brasileira em 2017 deverá chegar aos 61% em 2017, — ultrapassando portanto, os 58% em 2016.

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