2017: expectativa do mercado é que a inflação fique em 5%

Especialista aponta melhores alternativas no campo de investimentos. Economista e CEO da GGR Investimentos acredita que a tendência do primeiro semestre é que permaneça em espera até o cenário político ser definido.

O ano de 2016 chega em sua reta final e com ele a retrospectiva de um cenário econômico ruim: PIB, exportações e importações em grande queda; o consumo havia estagnado enquanto a inflação, o valor do dólar comparado ao real e a entrada de investimento estrangeiro passavam por subidas. Após seis anos seguidos de crescimento, o PIB brasileiro caiu 3,8% em 2015 e continua caindo este ano – segundo estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI), esse indicador fechará o ano de 2016 com uma queda de 3,3% mas deverá voltar a crescer no ano que vem, mesmo que seja em uma taxa de apenas 0,5%.

Para o economista e CEO da GGR Investimentos, Telêmaco Genovesi Júnior, a tendência para o mercado financeiro no primeiro semestre do ano que vem é que permaneça em compasso de espera, principalmente até que o cenário político seja definido. “Temos uma expectativa de redução de taxas de juros básica, a Selic, pelo Comitê de Política Monetária, que após a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos ficou um pouco menos forte”, esclarece ele. Apesar disso, com o desaquecimento na economia e consequentemente a queda da inflação, o espaço para a queda da Selic continua grande. O especialista acredita que a Selic encerre o ano de 2017 em 10,50%.

A respeito do cenário da inflação para 2017, Telêmaco afirma que a expectativa o mercado é que ela fique na casa dos 5%. “Dificilmente teremos um número melhor do que esse efetivamente. Talvez, marginalmente, 0,2% ou 0,3%, mas nada muito agressivo”, esclarece o economista. Segundo ele, o mercado acredita que por conta da previsão de queda da taxa de juros, os investimentos alternativos ganham mais atratividades. “CRI’s, CRA’s e Fundos Imobiliários deverão ganhar força na prateleira dos bancos em 2017”.

A PEC 241, que trata do teto dos gastos do governo e que foram alvo de protestos em ao menos 16 estados, trará um ganho para a economia, segundo Telêmaco.

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