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27/12/2016 - 06:49

Imigrantes acrescentam US$ 3 trilhões ao PIB global

Estudo do McKinsey Global Institute (MGI) mostra que empregos para cidadãos locais não são afetados por esse movimento.

A eleição de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos e o referendo em que a população britânica optou por deixar a União Europeia trouxeram a atenção do noticiário em 2016 para a tensão provocada nos países ricos diante do aumento do número de imigrantes. Estudo recém-publicado pelo McKinsey Global Institute (MGI) revela, porém, que as nações mais desenvolvidas são beneficiadas pela força de trabalho estrangeira. E que os imigrantes acrescentam ao PIB mundial US$ 3 trilhões.

Ainda de acordo com o estudo Global migration's impact and opportunity, a migração não prejudica o emprego ou os salários da população dos países desenvolvidos, apesar dos efeitos negativos de curto prazo em algumas regiões. Os imigrantes recebem, em média, entre 20 e 30% menos do que os trabalhadores locais. Mas equiparar esses salários seria positivo para os países ricos, ressalta o estudo, já que ajudaria a aumentar a produção e o consumo internos.

Apesar do sucesso eleitoral do discurso anti-imigrantes de Trump, Estados Unidos e Canadá são, ao lado dos países da Oceania, as nações que mais bem integram os estrangeiros em seu mercado de trabalho, de acordo com o estudo do MGI. Isso porque, principalmente no Canadá, os procedimentos para reconhecimento da qualificação dos trabalhadores de outros países são mais simples do que na Europa, por exemplo.

Os benefícios da migração para as nações desenvolvidas se dão por diversas razões: até mesmo os trabalhadores menos escolarizados movimentam a economia ao liberar a população local para serviços de maior valor agregado. Eles também contribuem por meio de ações empreendedoras. O estudo ainda cita uma já conhecida face positiva da migração - os estrangeiros ajudam a sanar os problemas provocados pelo envelhecimento da população dos países de destino. Entre 2000 e 2014, os imigrantes contribuiram para elevar em até 80% a força de trabalho de outras nações.

Face mais cruel do fluxo migratório, os refugiados representam somente 10% dos 247 milhões de imigrantes em todo o mundo. Os outros 90% decidiram deixar seus países de origem por questões econômicas. Atualmente, os imigrantes respondem por 9,4% (ou US$ 6.7 trilhões ) do PIB mundial. Caso não tivessem optado por se mudar para nações mais produtivas, esse número seria cerca de 4%, ou 3 trilhões de dólares, menor, de acordo com o estudo do MGI.

Segundo o levantamento, o Brexit e a ressonância do discurso de Trump são resultado de um efeito colateral imediato da imigração: a dificuldade de adaptação dos estrangeiros. O relatório destaca, portanto, que cabe aos governos dos países de destino lançar mão de medidas que colaborem para a integração desses trabalhadores à comunidade local - até agora, contudo, grande parte das nações desenvolvidas têm falhado nessa missão.

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