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18/01/2017 - 07:27

Cuidados com os idosos no verão


As altas temperaturas características do verão exigem cuidados especiais com os idosos. Eles têm maior dificuldade em adaptar-se aos dias mais quentes e temperaturas elevadas, além de terem dificuldade, muitas vezes, em perceber os sinais que o corpo envia, avisando que algo está errado. Então, os cuidados com idosos no verão devem envolver medidas que possam favorecer a hidratação do organismo e reduzir o calor corporal para evitar a hipertemia, que ocorre quando a temperatura do corpo fica acima de 37,4°C e a temperatura do organismo deve girar em torno de 36 graus. Quando há uma elevação, o organismo utiliza várias estratégias para resfria-lo, como o suor. Então, o corpo se desidratada, não ocorre a sudorese, e a temperatura pode aumentar, causando sérios riscos à saúde do idoso, principalmente nas temperaturas elevadas e sensação térmica muito alta.

Alguns sintomas podem servir de alerta como, por exemplo, dores abdominais, contraturas musculares (câimbras), vômito, dor de cabeça, tontura, fraqueza, excesso ou falta de suor, sintomas neurológicos como irritabilidade, alucinações, delírios, convulsões e coma. Alguns fatores que podem anteceder a hipertemia e podem agravá-la são as doenças pré-existentes, como por exemplo, a insuficiência cardíaca congestiva, diabetes, enfisema, asma, demências ou comprometimentos da cognição. Quando a temperatura, como no verão, está muito elevada, as proteínas do corpo, bem como membranas celulares e enzimas (especialmente na região do cérebro), podem ser destruídas ou apresentar um mau funcionamento. Quando o calor do ambiente é extremo, afeta os órgãos internos e causa lesões no coração, nas células musculares, vasos sanguíneos, o que ao prejudicar os órgãos internos pode levar a pessoa a morte.

No calor o idoso pode ficar mais inquieto e desconfortável. É importante aproveitar os dias mais longos de verão e manter a casa mais clara, arejada e não esquecer o repelente para evitar dengue, zika e chikungunha. Outro fator importante e que deve ser ressaltado são os golpes de calor, uma forma de doença pelo calor potencialmente fatal. A temperatura corporal sobe para valores iguais ou superiores a 40,5ºC e a pessoa desenvolve alterações neurológicas, tais como confusão mental ou inconsciência. O calor excessivo pode afetar os órgãos internos, causando a destruição das células musculares cardíacas e dos vasos sanguíneos e o diagnóstico pode levar a morte. Uma das causas principais para o golpe de calor é o golpe não relacionado com o esforço, ou seja, pessoas que apresentam uma dificuldade, uma capacidade menor de regular a temperatura corporal. A desidratação, devido ao fato de ingerir pouca água, não se hidratar corretamente, pode ser uma causa importante.

Os idosos, normalmente, fazem uso de medicamentos. Há também alteração do metabolismo. O hipertenso que faz uso de diurético tem a urina aumentada e, consequentemente, se não tiver reposição correta, pode sofrer alguns distúrbios e se desidratar com mais facilidade. A ingestão de líquidos deve ser incorporada à rotina, independentemente se o idoso está em casa ou não, ele deve ter sempre uma garrafinha à mão. A água é essencial para bom funcionamento do organismo, principalmente no caso do idoso. Roupas leves e claras, evitar atividades externas, nos horários mais quentes do dia, usar filtro solar, chapéu ou boné, evitar tomar cafeína e álcool, pois são bebidas que contribuem para a desidratação, são alguns itens primordiais. Caso o idoso sinta cansaço, náuseas, tonturas ou dores de cabeça (o calor causa a vasodilatação das artérias que é um fator importante para a cefaleia) devem sair imediatamente do sol e procurar um local fresco, arejado e ingerir bastante água. Caso os sintomas persistam, deve procurar orientação médica.

. Por: Dr. André Gustavo Lima, Neurologista, é Membro da Academia Brasileira de Neurologia, Membro do Departamento Cientifico de Doppler Transcraniano da Academia Brasileira de Neurologia, Membro do Departamento Cientifica de Acidente Vascular Cerebral da Academia Brasileira de Neurologia, Membro Fundador da Associação de Neurologistas do Estado do Rio de Janeiro. Membro da Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral e Membro da Europe Stroke Organisation. Cursou a Especialização em Doença Cerebrovascular no Hospital Santa Maria, Lisboa, Portugal.

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