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04/02/2017 - 07:31

Exportações chinesas de aço para América Latina caíram 19% em 2016

E preço médio diminuiu 15% versus 2015, diz Alacero .

Santiago, Chile — Durante 2016, China exportou ao mundo 106,2 milhões de toneladas (Mt) de aço, diminuindo somente 3% com relação a 2015 (109,6 Mt). Desse total recebido, 99,1 Mt foram produtos laminados e 7,1 Mt, produtos derivados.

A nível latino-americano, a região recebeu 7,6 Mt de aço chinês, dos quais 6,8 Mt correspondem a produtos laminados e 802 mil toneladas a produtos derivados, 19% menos que em 2015 (9,4 Mt).

Do mesmo modo, os principais destinos para o aço chinês na região foram: América Central que recebeu 1,8 Mt (mesmo nível que 2015), Chile 1,3 Mt (2% menos vs 2015) e Peru 989 mil toneladas (2% mais que em 2015). Embora as exportações chinesas de aço diminuíssem tanto para o mundo como para a região durante 2016, cabe lembrar que a China possui um excesso de capacidade de ?450 milhões de toneladas, razão pela qual tem o potencial de voltar aos níveis anteriores quando o mercado melhore.

América Latina durante os últimos anos foi afetada negativamente pelas crescentes exportações chinesas repercutindo na diminuição da produção local, desemprego e encerramento de usinas.

Preço exportações chinesas para o mundo e América Latina — No ano passado o volume que recebeu a região da China corresponde a um valor de US$ 3.650 milhões, o que implica um preço médio de US$ 478 por tonelada, mesmo valor médio que o resto do mundo (sem incluir América Latina), atingindo um total de US$ 47.116 milhões.

Desde que Alacero monitora as exportações chinesas, esta é a primeira ocasião que o preço médio da América Latina é igual que para o resto do mundo (sem Latam). Não obstante, existem vários destinos na região que possuem preços de importação significativamente inferiores ao resto do mundo.

Entre os mais afetados estão: América Central (que enfrentou um preço médio de US$ 394 /t, 18% abaixo da média do resto do mundo), Costa Rica (com um preço médio US$ 426 /t, 11% menor), Peru (US$ 429, 10% menor) e Colômbia (US$ 438, 8% inferior à média do resto do mundo).

Análise trimestral das exportações chinesas — desde o o primeiro trimestre de 2014 até o quarto trimestre de 2016, o movimento nos volumes e nos preços médios do aço (laminado + derivados) exportados da China para América Latina e para o resto do mundo.

Pode-se observar que até o quarto trimestre do 2016, os preços médios das exportações chinesas para América Latina diminuíram 25% com respeito ao 1T 2014, enquanto os que foram aplicados no resto do mundo diminuíram 30%. Por sua vez, os volumes enviados pela China para América Latina foram 5% menores, enquanto que para o resto do mundo aumentaram 34%.

Por outro lado, o gráfico 03 mostra a evolução do preço médio das exportações de aço a partir da China (laminado + derivados) por trimestre. Pode-se observar que no primeiro trimestre de 2016 se verificou o valor mais baixo para esse índice, enquanto que para os semestres posteriores a tendência é de recuperação, tanto para América Latina como para o resto do mundo.

Aços planos para América Latina — Durante 2016, China enviou para a região um volume de 3,9 Mt de aço plano, representando 51% das exportações de aço (laminado + derivado), 15% menos que em 2015.

O preço médio desse volume foi US$ 498, 4% inferior ao resto do mundo e diminuiu 13% versus 2015. O preço correspondente ao resto do mundo (sem incluir América Latina) foi de 8%.

Por outra parte, Chile, América Central e Brasil foram os três maiores importadores de aços planos a partir da China, recebendo volumes de 945 mil, 710 mil e 597 mil toneladas, respectivamente. Estes três destinos registraram preços médios de 8%, 9% e 1% abaixo da média do resto do mundo, respectivamente. Enquanto que a Venezuela, Argentina e México são os únicos destinos que enfrentam um valor mais alto que o resto do mundo.

Em 2016, as folhas e bobinas de outros aços de liga (1,1 milhões de toneladas) e as zincadas em quente (943 mil toneladas) foram os principais produtos de aços planos que ingressaram na região, mostrando uma queda em seu volume importado de 27% e 17% com relação a 2015, respectivamente.

Produtos longos, tubos sem costura e derivados para América Latina—No mesmo ano, as exportações de produtos longos a partir da China para América Latina atingiram 2,6 milhões de toneladas, 35% dos aços (laminados + derivados) recebidos do referido país. O preço médio dos produtos longos no período foi de US$ 360 por tonelada, 5% superior ao observado para o resto do mundo (US$ 344/t) e 21% abaixo do registrado em 2015 (US$453 por tonelada).

América Central, o maior importador de aços longos na região (962 mil toneladas) registrou um preço médio de US$ 317 por tonelada, 8% mais baixo que para o resto do mundo e 8% inferior ao registrado em jan/dez 2015 (US$345 por tonelada).As barras (1,4 Mt) registraram uma queda de 12% com respeito a 2015, enquanto que as importações chinesas de fio-máquina (938 mil toneladas) foram 28% menores.

Em 2016, os tubos sem costura representaram 4,1% dos embarques de aço (laminados + derivados) provenientes da China com um volume de 311 mil toneladas (21% menor que em 2015). O preço médio para América Latina foi de US$ 778 por tonelada, 21% inferior ao observado no resto do mundo (US$ 979/ t).

Por último, os produtos derivados atingiram uma participação de 10,5% no total das exportações de aço chinês, com um volume de 802 mil toneladas (610 mil correspondem a tubos com costura e 191 mil tone ladas a fio-máquina). Este volume foi 21% inferior ao recebido em 2015. América Latina continua sendo o principal destino a nível mundial para as exportações chinesas desses produtos. O preço médio dos produtos derivados no ano foi de US$ 648 por tonelada, 18% inferior ao observado para o resto do mundo e 12% abaixo do registrado em 2015 (US$ 736 por tonelada).

Perfil —Asociación Latinoamericana del Acero(Alacero)— é uma entidade civil sem fins lucrativos que reúne a cadeia de valor do aço da América Latina para fomentar os valores de integração regional, inovação tecnológica, excelência em recursos humanos, responsabilidade empresarial e sustentabilidade sócioambiental. fundada em 1959, é formada por 49 empresas de 12 países de América Latina, cuja produção é de aproximadamente 70 milhões anuais.

Alacero é reconhecida como Organismo Consultor Especial para as Nações Unidas e como Organismo Internacional Não Governamental por parte do Governo da República do Chile, país sede da Direcção Geral. | www.alacero.org.br

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