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Setor de máquinas e equipamentos para o agronegócio da região pretende unir forças para crescer


Durante o Show Rural, em Cascavel, empresários e instituições ligadas ao segmento conheceram a proposta de criação da nova Câmara Técnica do Programa Oeste em Desenvolvimento.

A Câmara Técnica (CT) de Máquinas e Equipamentos para o Agronegócio, do Programa Oeste em Desenvolvimento (POD), foi lançada no dia 9 de fevereiro (quinta-feira), durante o Show Rural Coopavel, em Cascavel. A proposta de criação da CT se deve em decorrência do grande potencial do Oeste do Paraná no desenvolvimento do segmento que tem mais de uma centena de empresas ligadas ao agronegócio e já conta com a adesão de empresários da região e instituições de fomento ao setor, com a previsão de definir a coordenação, gargalos e grupos de trabalho no próximo mês.

De acordo com o gerente regional do Sebrae/PR no oeste, Orestes Hotz, as Câmaras Técnicas significam a união de empresas e entidades do mesmo segmento ou complementares com o objetivo de atender as demandas de desenvolvimento do setor com base em diálogo e ações conjuntas. “Assim como o Sebrae, todas as instituições parceiras têm projetos de auxílio a esses setores produtivos. Nas CTs, somamos esforços e ganhamos, até, maior força política e representatividade”, destaca.

Desde a criação do POD, já são oito Câmaras Técnicas consolidadas, as quatro de proteína animal; e as CTs dos eixos estratégicos de energias, infraestrutura e transporte, meio ambiente e o Sistema Regional de Inovação. “Também se iniciou no final de 2016, a CT de grãos e CT específica para os pequenos negócios e, agora, a CT do setor de máquinas e equipamentos para o agronegócio. Porém, outras ainda estão em estudo tendo como base análises do ponto de vista das cadeias propulsivas da região”, indica Hotz.

A CT de Máquinas e Equipamentos para o Agronegócio, para o gerente regional da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Hugo Armando Cerón Molina, unifica, valida e organiza a categoria. “Em grupo, unidos por objetivos comuns, que são a melhoria do setor produtivo, se ganha mais poder de palavra. A Fiep dará completo apoio institucional a Câmara Técnica de Máquinas e Equipamentos para o Agronegócio a fim de fortalecer a cadeia produtiva”, enfatiza.

Força — Outra instituição que também declarou apoio a estruturação da nova CT do Programa Oeste em Desenvolvimento foi o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas Mecânicas e de Material Elétrico do Oeste do Paraná (Sindimetal Oeste). “A tecnologia é imprescindível ao agronegócio e, para tanto, as empresas que fornecem materiais e equipamentos para o setor, precisam se profissionalizar para atender a demanda, que é de concorrência internacional”, salienta o presidente do Sindimetal, Eliseu Zanella.

Segundo Zanella, o Sindimetal vai reunir os seus associados para comunicar sobre a ideia da Câmara Técnica e, assim, dar seguimento a novas propostas de adesão das indústrias da região, que somam-se cerca de 100 no setor de máquinas e equipamentos para o agronegócio. “O único jeito para enfrentar a crise é a união. Veja a CT com bons olhos tendo em vista que concorrente não é inimigo, é parceiro para melhorar o desenvolvimento do segmento como um todo”, defende.

Desenvolvimento — O consultor do Sebrae/PR, Emerson Durso, indica que os próximos passos para a organização da CT de Máquinas e Equipamentos para o Agronegócio serão dados em março. “Com o lançamento, pudemos ter uma ideia da aceitação da proposta por alguns dos representantes empresariais e institucionais que serão integrantes do grupo. A próxima etapa é realizar a reunião de constituição e o planejamento operacional da CT para definir as estratégias e o plano de trabalho”, aponta Durso.

Na avaliação do superintendente de Energias Renováveis de Itaipu Binacional, Herlon de Almeida, a Câmara Técnica pode ser uma oportunidade para as pequenas e médias indústrias da região. “Seja máquinas e equipamentos para as lavouras ou mesmo em produção animal, percebemos um alto grau de informatização de maquinário. A CT abre espaço para organizar a demanda enquanto oportunidade e até gerar capacidade de resposta as necessidades tecnológicas desse mercado”, comenta.

Proprietário de uma pequena indústria de plantadeiras em Toledo, Luiz Antônio Kulzer, também despertou interesse em fazer parte do grupo. “Não esperamos nenhum milagre, mas acredito que a CT possa, sim, fortalecer meu negócio. As empresas da região podem ser pequenas em relação a outras do mercado nacional o internacional, mas temos produtos de ponta com características próprias que são diferenciais”, aponta.

Assim também é o pensamento do proprietário de indústria de resfriadores de leite, também de Toledo, Carlito Lira. “Estava na hora da gente conversar sobre melhorias ao segmento como um todo. Concorremos muito com as indústrias nacionais e internacionais e acabamos perdendo poder de barganha em preço, por exemplo, no momento de comprar mercadorias para fabricar maquinário. Quem sabe a força política da CT e POD também possam ajudar nisso”, assinala Lira.

A Câmara Técnica de Máquinas e Equipamentos para o Agronegócio deverá atuar diretamente nos problemas ao desenvolvimento do setor, auxiliando em ações como pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias para fortalecer as pequenas e médias indústrias da região oeste do Paraná.

O Programa — Lançado oficialmente em agosto de 2014, o Programa de Desenvolvimento Econômico do Território Oeste do Paraná, o Oeste em Desenvolvimento, vem ganhando forças a cada ação e atividade que executa. A proposta é a união de esforços entre entidades de fomento ao empreendedorismo e desenvolvimento regional trabalhando em sinergia, a exemplo da Itaipu, Fundação Parque Tecnológico Itaipu (PTI), Sebrae/PR, Ocepar, Caciopar, Amop, Emater e Fiep

O objetivo é promover o desenvolvimento econômico da região por meio da participação coletiva e fomentar a cooperação entre empresas públicas e privadas. O Programa Oeste em Desenvolvimento pensa a região de forma ampla e ousada. Pioneiro no Brasil, atua por meio das Câmaras Técnicas, que são grupos de estudo e discussões nas cadeias produtivas consideradas propulsoras da região.

Para que as cadeias produtivas possam se desenvolver, algumas condições foram estabelecidas como prioritárias para auxiliar a criar um ambiente positivo. A essas categorias, deu-se o nome de Eixos Estruturantes do Programa Oeste em Desenvolvimento, sendo eles: capital social e cooperação; pesquisa e desenvolvimento; infraestrutura e logística; crédito e fomento; e energias renováveis.

O Sebrae/PR — Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Paraná, criado na década de 1970, é a instituição que mais entende de pequenos negócios e possui a maior rede de atendimento do País. No Estado, conta com 6 regionais, 13 escritórios, e chega aos 399 municípios por meio de Pontos de Atendimento, Salas do Empreendedor e parceiros locais, como associações, sindicatos, cooperativas, órgãos públicos e privados.

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