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21/02/2017 - 07:15

Vale: a caminho da true corporation


Proposta dos acionistas controladores de operação societária para viabilizar nova governança da Vale.

A mineradora brasileira Vale, maior produtora global de minério de ferro, planeja se tornar uma companhia sem controle definido a partir de um acordo histórico apresentado pelos principais acionistas no dia 20 de fevereiro (segunda-feira), em movimento que visa aumentar a transparência e a governança da empresa.

— Os acionistas controladores, agrupados sob a holding Valepar, concordaram em renovar o atual acordo, que os manterá ainda como um bloco de controle por mais três anos e meio, enquanto preparam uma proposta para listar a companhia no Novo Mercado da Bovespa— informou a diretoria da Vale.

O atual acordo de 20 anos da Valepar, que expira em maio, será prorrogado até novembro para garantir a transição. Os detentores de ações preferenciais classe A da Vale que participarem voluntariamente da conversão de ações receberão 0,9342 ações ordinárias, como parte do processo.

A precificação será definida com base no preço de fechamento das ações ordinárias e preferenciais apurado com base na média dos últimos 30 pregões na Bovespa anteriores a 17 de fevereiro, ponderada pelo volume de ações negociado nesses pregões.

Após a conclusão dessa etapa, a Vale pagará aos proprietários da Valepar um prêmio de 10% por suas ações, implicando em uma diluição de 3% de todos os acionistas.

Caso a incorporação da Valepar seja aprovada, os antigos proprietários da holding deverão assinar um novo acordo de acionistas para dar estabilidade à transição, que travará até 20 por cento do total de ações ordinárias de emissão da Vale, com duração até novembro de 2020, sem previsão de renovação.

A mudança representa um marco no Brasil, mantendo a companhia longe de interferências do governo federal. A Reuters publicou em 19 de janeiro a intenção dos acionistas de transformar a mineradora numa empresa de capital disperso e listá-la no Novo Mercado da Bovespa.

O anúncio desencadeou um alta nas ações da Vale, que fecharam no maior patamar desde 4 de janeiro de 2013. As ações ordinárias subiram 6,93%, para R$36,43 , enquanto as preferenciais, a classe de ações mais negociada da Vale, subiram 6,17%, a R$34,24.

"Estamos diante de uma oportunidade histórica para a Vale, um marco que pode ser tão importante quanto a privatização foi há 20 anos", disse o diretor-presidente da Murilo Ferreira, em uma teleconferência com integrantes do mercado, na qual analistas elogiaram o acordo.

"Nosso julgamento é que a proposta é um convite que os acionistas controladores estendem ao mercado de capitais, para que ajudem a tornar a Vale uma empresa de classe mundial também em governança", completou.

Pelo menos 54% dos detentores de ações preferenciais da Vale terão que aprovar a conversão, cuja aprovação também está ligada à aprovação de toda a proposta.

—A previsão é que a empresa convoque uma assembleia de acionistas para votar o plano inteiro em junho— diz Ferreira.

Detalhes do acordo: http://www.vale.com/PT/investors/information-market/presentations-webcast/PresentationsWebCastDocs/170220%20Apresentacao_Institucional_Vale_p.pdf .

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