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21/02/2017 - 08:18

Cooperativas agrícolas são parceiras regionais e locais para o desenvolvimento sustentável

Para todo objetivo é necessário um plano a ser alcançado, seja este da dimensão e profundidade que for mais adequado. Não será diferente para atingir os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Vários dos 17 ODS que compõe a Agenda 2030 impactam e demandam ações de abrangência territorial local, em comunidades, bairros e cidades, influenciados por políticas públicas municipais, estaduais, nacionais e até mundiais. Mas, o fato é que a concretização desta agenda acontecerá no âmbito da atuação local, por meio de agendas a serem construídas com os diferentes atores comunitários e municipais e com grande protagonismo do setor produtivo.

Esta nova agenda provoca a reflexão sobre atitudes e comportamentos. Muitos devem lembrar da frase utilizada nas discussões de planejamento e ordenamento de cidades: “Pensar globalmente, agir localmente”, mas, agora, deve ser atualizada e complementada com novos conteúdos e contextos, como as novas tecnologias e a inovação. Quem sabe poderia ser adotado algo como “Pensar globalmente, agir localmente, em rede, de forma colaborativa, adotando tecnologias e inovação”.

Um representante do setor produtivo de enorme competência para ajudar o planeta a atingir os objetivos são as cooperativas agrícolas, inclusive para concretizar os direitos humanos, promover a igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres e meninas, (https://nacoesunidas.org/pos2015/agenda2030/), um dos argumentos que antecede o texto que descreve os 17 ODS, adotados pelos 193 Estados-Membros da Organização das Nações Unidas (ONU).

Segundo a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), em 2013 seu sistema registrava 1.597 cooperativas agrícolas, o que representa 1.015.956 associados e 164.320 empregados. Todas estas pessoas vivem em cidades ou em localidades rurais, onde, em algumas regiões do Brasil, se encontram famílias vulneráveis à oscilação da linha da pobreza.

As cooperativas possuem diferentes composições dependendo da região do País. Nos estados menos desenvolvidos é possível encontrar pequenos e médios produtores, na grande maioria homens, mas também se encontram mulheres chefes de família, jovens e idosos; podem ser originados de assentamentos rurais e/ou descendentes de indígenas e africanos. Em regiões mais desenvolvidas encontraremos também pequenos e médios produtores, com mais acesso à educação, informação e tecnologia. Em 2012, durante o ano Internacional das Cooperativas, várias foram as declarações da FAO e outros órgãos das Nações Unidas que frisavam a importância deste modelo de negócio para o empoderamento de pequenos produtores em negociações, preços mais justos para insumos, compartilhamento de recursos, garantia do direito à terra e melhores ofertas de mercado.

Nesta perspectiva as cooperativas agrícolas brasileiras possuem grande potencial de entregar resultados considerando inclusão, desenvolvimento, educação, segurança alimentar, proteção ambiental entre outros contextos que permeiam os ODS. Não é esperada cobrança menor de um país que possui o potencial agrícola que tem, mas também, não cabe à agricultura tirar nota 10 em todos os 17 ODS.

Muitos pontos não são novidade para os produtores rurais cooperados, o que se recomenda fazer para alcançar os ODS é muito presente no dia a dia do agricultor, mas ainda pouco conhecido e reconhecido pela sociedade. Os ODS devem ser comunicados pelas cooperativas ao maior número de pessoas e representações com quem se relacionam. A comunidade local precisa conhecer o que são os ODS e entender que faz parte deste processo de desenvolvimento junto à agricultura e aos valores do campo e do cooperativismo.

Em uma dessas iniciativas, a Cooperativa Agrária, a BASF e a Secretaria Municipal de Educação de Guarapuava (PR), levarão às escolas da cidade a discussão do que são e o que representam os 17 ODS para as próximas gerações. Em 2030 será um orgulho para a sociedade saber a importância e protagonismo que as cooperativas agrícolas terão exercido no territorial nacional, para alcançar as metas de desenvolvimento sustentável às quais o Brasil é signatário. Quem sabe “Pensando globalmente, agindo localmente, em rede, de forma Cooperativa, adotando tecnologias e inovação”.

. Por: Sara Juarez Sales, gerente de Educação para Sustentabilidade e Conservação Ambiental da Fundação Espaço ECO® (FEE®).

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