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CANAIS

23/02/2017 - 07:51

Uma aula de carnaval com Milton Cunha

Em livro da Editora Senac São Paulo, o carnavalesco fala sobre a mágica que envolve os desfiles.

O carnaval é o maior espetáculo da Terra, mas as pessoas não imaginam o que acontece por trás das cortinas, ou melhor, das alegorias, para que tudo esteja perfeito no momento em que a sirene toca. Do encerramento do último desfile até o início do próximo, um verdadeiro batalhão de funcionários e voluntários trabalham com afinco para que as escolas de samba brilhem na avenida. Bastidores que o público não imagina que existam, mas que resultam em notas altas e títulos comemorados pelo resto do ano.

Ao longo das 370 páginas do livro Carnaval é Cultura| Poética e técnica no fazer escola de samba, Milton Cunha, um dos maiores carnavalescos do país, traz diversas curiosidades sobre a festa como:

Calendário apertado: “Os preparativos para um desfile começam em março, quando o enredo. Com ele, têm início os desenhos dos carros alegóricos e também das fantasias. Todo o cronograma é bem rígido e apertado. Nada pode sair errado.”

Fantasias detalhadas: “As fantasias são compostas de cabeça, ombro, lycra (ou roupa de baixo ou ainda roupa base), punhos ou braceletes, gargantilhas, perneira ou tornozeleira, sapato, cinto, capa, esplendor e adereço de mão. Elas são desenhadas em abril, maio e junho. De julho a agosto, são confeccionados os protótipos, que são entregues em outubro para a produção interna, onde são produzidos até fevereiro. Elas são entregues aos integrantes na semana anterior ao desfile.”

Fantasias da ala das baianas: “Para a saia da luxuosa fantasia não arrastar no chão, o que pode prejudicar os movimentos e rodopios das baianas, a barra da saia está sempre 20 centímetros acima do solo. Depois que a armação é colocada para dar volume, as costureiras escrevem o nome da integrante na saia, que é guardada até o ensaio técnico. É nesse dia que, com todas as baianas perfiladas no desenho tradicional, é marcado o volume da roda da saia.”

Carros alegóricos de peso: “A base dos carros alegóricos é feita a partir de um ônibus desmontado, com uma mudança do lugar do motorista. Para aumentar o tamanho, uma vez que o ônibus é estreito, a equipe da escola de samba solda uma base de ferro no ônibus, para criar o chassi do carro. Quando pronta, essa estrutura pode chegar a ter 10 toneladas, que podem mais que dobrar de peso e atingir 25 toneladas com todas as alegorias.”

Destaques: “Uma fantasia de destaque dos carros pode chegar tranquilamente a valores de R$ 50 mil. Outras fantasias de integrantes da alegoria, as composições (pessoas que ficam na parte inferior e nas laterais) e os semidestaques (que recebem mais destaque que as composições e confeccionam as próprias roupas), partem de valores como R$ 1 mil e R$ 5 mil, respectivamente.”

Enfim, o dia chegou! “No dia do desfile, a correria impera no Sambódromo. Os carros e alegorias, que foram levados em comboio até o local do desfile, durante a noite anterior, precisam estar prontos às 18h, quando os destaques começam a ser posicionados nas estruturas. A primeira escola entrará na avenida do samba às 21h.”

370 Páginas | Carnaval é Cultura | Poética e técnica no fazer escola de samba | Autor: Milton Cunha| Editora: Editora Senac São Paulo | Preço: R$ 239,90.

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