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02/03/2017 - 07:48

Portela campeã 2017: Rios e Rio — Quem nunca sentiu o corpo arrepiar ao ver esse rio passar...


33 anos sem título, na Sapucaí, além de lembrar os rios do mundo, buscou inspiração em Paulinho da Viola, lamentou, e acima de tudo, refletiu o respeito que se deve ter à um bem da natureza, essencial para a vida no planeta. Mas no geral as Escolas de Samba do Rio de Janeiro deu show de beleza e cultura.

Há tempos as Escolas de Samba do Rio de Janeiro carrega o título de “o maior espetáculo da terra”, e faz juz ano pós ano. O Sambódromo, a grande arena com lotação superior a 200 mil pessoas —gente de toda parte do país e do mundo—, é ingrediente efervescente para o espetáculo que leva outras cerca de 60 mil fantasiadas e que fazem tudo acontecer diante de olhos atentos e câmeras abertas para as imagens —filmes e cliques.

Nesse 2017, as histórias, lamentos, alegria e som passaram pelo Brasil e o mundo, mostrando que cultura não tem limite, e língua não é problema, a imagem é que conta, — alegria é o que determina.

Fato tão sério que até que enfim, a prefeitura através da RioTur, avalia fazer um Carnaval fora de época no meio do ano, cuja proposta parte do vereador Marcelo Arar (PTB), — que dez grandes blocos de rua desfilem durante dois fins de semana em julho, mês de férias para as famílias. “Acredito que a gente consiga receber até 500 mil turistas com a iniciativa, metade do que recebemos neste Carnaval”, argumentou o parlamentar.

Domingo quente, chuva fina constante, começou com o tropicalismo da Tuiuti, a homenagem à Bahia atravessando a história da cantora Ivete Sangalo pela Grande Rio, o clamor do Xingu com os índios na Avenida pela Imperatriz Leopoldinense , e super tradicional e histórica defensora da raça negra, novamente a Vila Isabel cantou e encantou com o “Negro Tom”—O som da cor.

Salgueiro, carnavalizou a Divina Comédia, embalou e abalou a Sapucaí com seu vermelho e preto. Beija Flor buscou no “Amor Nativo”, a Iracema do romance de José de Alencar ganhou vida na passarela, —aflorou a importância da floresta e seus habitantes.

Segunda-feira, quente, sem chuva, e lá vem a alegre e linda União da Ilha e lembranças de muitos carnavais cujas letras são cantadas até hoje. A agremiação insulana cantou com Ito Melodia, e levantou as arquibancadas com o “Soberano” — Nzara Ndembu-Glória ao senhor do tempo. Inspiração buscada no seio da Àfrica, passou bonita com seus atabaques, bateria, comissão de frente liderada por Carlinhos de Jesus — e cantando muito. Aliás, com àquela força de sempre na Diretoria, do hoje secretário estadual de Educação do Rio de Janeiro e torcedor aguerrido do Fluminense, — o engenheiro Wagner Granja Victer.

São Clemente impecável nas suas alegorias, “O Rei Sol—onisuáquimalipanse, tudo costurado e adereçado sob o olhar e lógico, — coordenação da carnavalesca ícone da criatividade, quiçá internacional, Rosa Magalhães.

Aí vem a Mocidade!, Sim, àquela que já abalou muito a Sapucaí por muitos anos, — mas continua mostrando que causar está no sangue, não somente com sua bateria, mas em fazer o diferente: “Coisas de Alá” — As mil e uma noites de uma Mocidade pra lá de Marrakesh, e aí Alexandre Louzada e Edson Pereira embarcou a avenida no tapete voador, — a multidão gritou com o devaneio. Fascínio nas alegorias e adereços, detalhes de Marrocos, disputou cada décimo, chegou muito perto de colocar a mão no troféu. Seguindo a festa a Unidos da Tijuca, tudo, mas tudo para dar a maior alegria, beleza e cultura para os que admira a criatividade, — não deu, foi interrompida por acidente em um de seus carros alegóricos. Ficou mesmo o gostinho de que foi uma pena: o “Samba Soul” é uma das artes e linguagem musical que transgride os tempos, pois foi marcada por gênios da história como Pixinguinha e Louis Armstrong, que acabou explodindo da origem da música negra até o furacão do Rock.

Portela! Levou o título em 2017: “Rios e Rio”— Quem nunca sentiu o corpo arrepiar ao ver esse rio passar.... Sobre os rios do mundo. Pura inspiração na canção de Paulinho da Viola 'Foi um rio que passou em minha vida', mas o carnavalesco Paulo Barros viajou mundo afora: falou das águas onde o homem pesca, é fonte de vida, impactou o público com o desrespeito aos rios através dos desastres ambientais, levou os crocodilos quase reais para a Avenida, — inovou em muitas alas com fantasias belíssimas, baianas levantaram o símbolo da água sagrada —fora as energias negativas na Avenida. Mestre sala e porta-bandeira (Alex e Daniele), de Oxossi e Oxum (rainha da cachoeira, da floresta) — E a Azul e branco, agremiação que surgiu em 1923 não deixou por menos, — encantou, arrebatou...

Agora, repetir um título, é peso: “Leva Fé”—Só com ajuda do santo. Apelo pra tudo que é santo, fé, tradições populares, mas passou linda e marcou presença com sua beleza de sempre, é muito adorada: —Grêmio Recreativo Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira, se confunde com a história do samba e carnaval carioca, e o povo vai atrás e fechou os desfiles do Carnaval de 2017, com gostinho de quero mais em 2018. Alto, muito alto nível, — show.

E, no sábado das Campeãs desfilam: .Portela |. Mocidade | .Salgueiro | .Mangueira | .Grande Rio| .Beija Flor. Mas ficou atrás, mas por poucos décimos: .União da Ilha |.Vila Isabel |.São Clemente |.Unidos da Tijuca |.Paraíso do Tuiuti.

Grêmio Recreativo Escola de Samba Império Serrano é campeão da Série A e volta ao Grupo Especial — Deu Madureira também campeã do Grupo A, Imperio Serrano —verde e branco — que está fora do Grupo Especial desde 2009, tem 70 anos, símbolo da cultura, e da história do samba no Brasil. A agremiação venceu com o enredo: “O meu quintal é maior que o mundo”, em homenagem ao poeta Manoel de Barros, desenvolvido pelo carnavalesco Marcus Ferreira.| Neuza Maria, Editora Executiva & Publischer

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