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19/03/2008 - 12:54

Janeiro de 2008: volume de vendas do comércio cresce 1,8%, e receita sobe 2,3%, diz IBGE

Esses resultados representam uma aceleração no ritmo de vendas, após uma acomodação no mês de dezembro, quando o volume de vendas do varejo permaneceu estável, e a receita nominal teve variação de 0,8%. Na comparação com janeiro de 2007 (sem ajuste sazonal), a taxa para o volume de vendas foi de 11,8% e de 10% nos últimos 12 meses. Para a receita nominal, as taxas foram de 16,5% e 12,6% respectivamente.

No primeiro mês do ano, nove das dez atividades pesquisadas obtiveram resultados positivos para o volume de vendas, na série com ajuste sazonal: móveis e eletrodomésticos (9,8%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (7,7%); tecidos, vestuário e calçados (3,7%); veículos e motos, partes e peças (2,6%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (2,4%); livros, jornais, revistas e papelaria (1,8%); hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,1%); combustíveis e lubrificantes (0,9%); material de construção (0,2%). O único resultado negativo ficou com material para escritório, informática e comunicação (-4,1%).

Na comparação com janeiro de 2007, todas as atividades do varejo obtiveram aumento no volume de vendas. Por ordem de importância na taxa global, os melhores resultados foram para hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo ( 8,4%); móveis e eletrodomésticos ( 16,0%); outros artigos de uso pessoal e doméstico ( 29,6%); tecidos, vestuário e calçados ( 15,4%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (16,2%); combustíveis e lubrificantes (3,1%); equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (24,7%); e livros, jornais, revistas e papelaria (8,1%).

O segmento de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo , mesmo com resultado abaixo da média (8,4%) foi responsável pela principal contribuição (35%) à taxa global do varejo. Em termos de acumulado nos últimos 12 meses, a atividade apresenta crescimento de 6,7%, desempenho motivado pelo aumento do poder de compra da população, decorrente não só do crescimento da massa de salários como da expansão do crédito. Quanto ao fato de crescer a um ritmo bem abaixo da média nacional, a justificativa mais provável está na aceleração dos preços dos alimentos em 2007, que alcançaram 13,3% de variação acumulada nos últimos 12 meses (de fev 07 a jan 08), contra uma inflação geral de 4,6% no período, segundo o IPCA.

A atividade de móveis e eletrodomésticos (16,0%) teve o segundo maior impacto na formação da taxa do comércio varejista , sendo responsável por 22% da sua magnitude. No acumulado dos últimos 12 meses, o segmento registra crescimento da ordem de 14,8%, resultado atribuído basicamente à expansão do crédito; redução de preços dos eletroeletrônicos e à melhoria da massa salarial.

Outros artigos de uso pessoal e doméstico (29,6%) tiveram o terceiro maior impacto na formação da taxa do varejo, sendo responsáveis por 19% do índice geral. Englobando segmentos como lojas de departamentos, ótica, joalheria, artigos esportivos, brinquedos etc., a atividade vem tendo seu desempenho impulsionado também pela melhoria do quadro geral da economia. O acumulando nos últimos 12 meses foi da ordem de 23,7%.

A quarta maior contribuição para o resultado positivo do varejo, em janeiro, coube ao segmento de tecidos, vestuário e calçados (15,4%), resultado que pode ser explicado pelas liquidações para queima de estoque que ocorrem em todo início de ano. A atividade acumulou nos últimos 12 meses variação de 11,2%.

Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (16,2%) tiveram a quinta maior participação na taxa global do varejo e acumularam nos últimos 12 meses variação de 9,9%. A expansão da massa de salários, ao lado da diversificação do mix de produtos comercializados e a ampliação das vendas dos produtos genéricos são as principais explicações do desempenho positivo do segmento.

O segmento de combustíveis e lubrificantes (3,1%) respondeu em janeiro pela sexta maior contribuição à taxa global do varejo. Em termos de desempenho acumulado, a taxa de variação chegou a 5,1% nos últimos 12 meses. Atribui-se esse comportamento à estabilidade de preços dos combustíveis, conjugada com a melhoria das condições econômicas do país.

Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (24,7%) foram responsáveis pelo sétimo maior impacto na formação da taxa global e registraram taxa acumulada nos últimos 12 meses de 30,3%. Trata-se da atividade com o segundo maior patamar de crescimento em janeiro. Dentre os fatores que vêm determinando esse desempenho, destacam-se a redução de preços dos produtos do gênero, conjugada com facilidades de financiamento, e a crescente importância que os produtos de informática e comunicação vêm tendo nos hábitos de consumo das famílias.

A atividade de livros, jornais, revistas e papelaria (8,1%) , em razão do reduzido peso na estrutura do comércio varejista e do desempenho inferior à média, exerceu mais uma vez a menor influência no resultado global. Sua taxa acumulada de variação para os últimos 12 meses foi de 7,3%.

O comércio varejista ampliado, que inclui o varejo e mais as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, registrou crescimento em relação ao mesmo mês do ano anterior de 14,5% para o volume de vendas e de 18,5% na receita nominal de vendas. No acumulado dos últimos 12 meses o setor apresentou taxas de variação de 13,9% e 15,8% para o volume de vendas e para a receita nominal, respectivamente.

No que tange ao volume de vendas, a atividade de veículos, motos, partes e peças registrou expansão de 20,9% em relação a janeiro de 2007, acumulando nos últimos 12 meses variação de 23,1%. Com esse resultado, a atividade assume a terceira colocação em termos de magnitude de taxas de crescimento. A redução das taxas de juros e a ampliação dos prazos de financiamento, bem como expectativas positivas quanto à manutenção do emprego, vêm se constituindo nos principais fatores para a expansão das vendas do ramo ano.

Quanto a Material de construção, as variações foram de 9,6% na relação janeiro08/ janeiro07 e de 10,9% no acumulado dos últimos 12 meses. Tal desempenho resulta do quadro favorável da economia, especialmente no que se refere a crédito e massa de salários, combinado com medidas oficiais de incentivo à construção civil, concretizadas na diminuição da carga tributária (e conseqüentemente dos preços) incidente sobre determinados produtos básicos utilizados no setor.

Das 27 unidades da federação, 3 apresentaram resultados negativos na comparação janeiro 08/ janeiro 07: Roraima (-0,8%); Amazonas (-1,7%) e Acre (-8,2%). Os destaques positivos para as vendas foram Rio Grande do Norte (18,5%); Paraíba (17,0%); Mato Grosso do Sul (15,8%); Pará (15,5%) e São Paulo (14,8%). Quanto à participação na composição da taxa do comércio varejista, sobressaíram, pela ordem, São Paulo (14,8%); Rio de Janeiro (11,4%); Minas Gerais (10,4%); Rio Grande do Sul (9,4%); e Paraná (10,2%).

Em relação ao varejo ampliado, as maiores taxas de desempenho no volume de vendas ocorreram em Mato Grosso do Sul (22,5%); Espírito Santo (22,1%); Rio Grande do Norte (19,7%); Paraná (18,9%); Pará (17,8%) e Goiás (17,1%). No impacto no resultado global, os destaques foram São Paulo (14,6%); Rio de Janeiro (12,9%); Minas Gerais (14,4%); Paraná (18,9%) e Rio Grande do Sul (12,4%).

Ainda por unidades da federação, os resultados com ajuste sazonal para o volume de vendas apontam somente um estado com variação negativa, na comparação entre janeiro de 2008 e dezembro de 2007: Mato Grosso (-2,0%). Os maiores acréscimos ocorreram na Paraíba (11,0%); Rio de Janeiro (5,7%); Pará (5,2%); Alagoas (4,6%) e Pernambuco (3,4%).

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