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15/03/2017 - 07:59

Rock Street homenageia a África e celebra sua influência na música contemporânea


Equipe artística levará para o público uma África multicultural e colorida, apresentando este continente a partir dos mais diversos estilos musicais.

Rio de Janeiro — Para a edição de 2017, a rua mais querida do público vem inspirada em um continente, a África, que estará representada através dos músicos, atrações de rua e da arquitetura das casas. Haverá shows exclusivos durante os sete dias de evento com emblemáticos artistas africanos. A curadoria artística do espaço será de Toy Lima, em parceria com a diretora artística Marisa Menezes, que está à frente de toda a programação da rua e seus personagens característicos.

Desde 2011, o Rock in Rio apresenta aos seus visitantes um espaço dedicado a diferentes manifestações artísticas, onde o público se sente parte do show e interage com o espetáculo. A Rock Street busca inspiração em lugares emblemáticos para o mundo da música: New Orleans, em 2011; Reino Unido e sua vizinha Irlanda, em 2013; e em 2015, a inspiração foi o Brasil. Ciente da vasta contribuição da música africana para o cenário mundial, o Rock in Rio, que desde sua primeira edição celebra os mais diversos segmentos musicais, decide dedicar a Rock Street inteiramente ao continente africano e mostrar a origem de todos os ritmos que estarão nos outros palcos do festival.

Através dos anos, as batidas e a identidade rítmica da África se espalharam pelo mundo e foram interpretados de maneiras diferentes. Do interior do Congo à imensidão do deserto marroquino, muitos ritmos, danças, línguas e instrumentos pouco conhecidos pelos brasileiros foram responsáveis pela criação e influência dos mais diversos gêneros musicais. Do rock ao samba, do reggae ao blues, a célula musical de matriz africana está sempre presente.

Toda a representação deste continente estará centrada no lúdico. O público conhecerá de perto extrações da cultura africana, multicultural desde o ritmo até o figurino, que foram desenvolvidos a partir de tecidos originais e muitas miçangas coloridas. As amarrações características das roupas também estarão presentes, além de búzios, guizos e franjas, tudo para estar o mais próximo do original.

"A Rock Street fala de unidade e pluralidade ao mesmo tempo. Essa mistura de linguagens que a rua proporciona - música, dança, ritmo e performance - se encaixa perfeitamente ao conceito que vem sendo estudado e trabalhado pela equipe. Tudo isso estará refletido nos artistas que estarão no palco", explica Toy Lima.

Formatado em shows compactos e às vezes com participação na rua, nomes como Les Tambours de Brazza do Congo, a encantadora cantora e compositora Mamani Keïta do Mali, o duo Alfred & Bernard do Burundi, Fredy Massamba do Congo, Ba Cissoko de Guiné e os sensacionais Tyous Gnaoua do deserto do Marrocos farão da Rock Street África um portão de entrada para a música popular em todo o mundo.

Na Rua, três casais vão representar diferentes povos e serão personagens responsáveis pela interação com os visitantes. Haverá performances, percussão e muita dança representando os ritmos africanos - dos mais tradicionais aos mais modernos - além de um coral. Entre as inspirações estão os casamentos da República do Congo, com cortejo entre mulheres e homens. Já a dança, estará a cargo de um grupo de percussão e dos jovens da Escola Carioca de Danças Negras. Eles usarão roupas inspiradas nos Dogon com cores vibrantes.

"Na África do Rock in Rio, a multicultura é o ponto forte. Não destacamos uma região específica, mas trazemos um contexto onde os costumes se encontram para levar ao público o que de melhor pode existir neste lugar tão variado", afirma Marisa Menezes, diretora artística do festival.

A pluralidade do continente africano também estará representada na cenografia, assinada por João Uchôa e Glauco Bernardes. A arquitetura dos países, seus prédios históricos e edificações típicas foram objeto de pesquisa e cada localidade serviu como referência na concepção das 20 casas montadas ao longo da rua. Além disso, animais típicos de cada país estão representados, seja nas placas ou em esculturas, numa referência à fauna do continente.

Os artistas.: Les Tambours de Brazza — A mais espetacular banda de percussionistas da África Central, o coletivo Les Tambours de Brazza é um ícone da chamada world music. Mesclando a tradição e modernidade dos vários ritmos do Congo em vertiginosas apresentações baseadas no som do Ngoma, tambores de acentos rítmicos variados que dialogam com instrumentos ocidentais como baixo e guitarra o grupo contagia e encanta. Criado em 1991, o Les Tambours, como são mundialmente conhecidos, já se apresentaram nos mais prestigiados festivais de todo o planeta mostrando a graça e pulsação de sua música e dança. São mágicos do ritmo e do corpo e trazem um pouco de sua ancestralidade em suas composições que vão do rap ao reggae.

Ba Cissoko — Com muita energia no palco Ba Cissoko é um dos mais conceituados músicos de origem griot. Ele reinventa em suas composições a tradição Mandingue mostrando como multi-instrumentista o seu afro-beat pontuado por instrumentos como a Kora, o D´Gouni, guitarra, baixo e tomani - tambor falante usado em toda a África do oeste em países como Senegal, Gâmbia e Nigéria.

Seu último trabalho gravado, Nimissa de 2012 foi recebido com grande sucesso de público e crítica e atualmente Cissoko é um nome referência nos line-ups de muitos festivais descolados da Europa. Criado em 1999, o grupo de Ba Cissoko é uma das atrações mais esperadas da Street África.

Mamani Keïta — O Mali, país de riqueza musical intensa, não poderia estar de fora dessa celebração africana no Rock in Rio. A cantora e compositora Mamani Keïta que onde quer que se apresente sua calorosa música leva a verdade musical de sua origem foi a escolhida. Artista engajada na divulgação da música africana em todo o mundo Mamani Keïta vem pela primeira vez ao Brasil com seu grupo que eletrifica suas canções com o suingue e a doçura das mulheres malineses. A sintonia dela com seu grupo é única e admirável tendo colhido os mais belos elogios e é executada nas rádios destacadas em todo o mundo.

Alfred et Bernard — Os primos Alfred e Bernard são nascidos e criados em uma grande família musical do Burundi, pequeno país central da África onde nasce o rio Nilo e ritmos bastante singulares. Seu instrumento original é o Umuduri, ancestral e bastante parecido com o berimbau usado no Brasil. Desde seu primeiro álbum de 2010 o Alfred et Bernard vem se utilizando da mixagem de instrumentos tradicionais e modernos em suas apresentações que lhe valeram o principal prêmio da música africana em 2011, o L’East African Music Awards na categoria Folk/Musique Traditionenelle em Nairobi. Seu último trabalho de 2015, La vois des collines figura hoje como um dos mais representativos da música de sua região em todo o mundo.

Fredy Massamba — Uma das mais belas vozes da África, Fredy Massamba é de Pointe-Noire (Congo) e já rodou o mundo com suas canções que sob a base rítmica africana junta elementos que vão do soul ao funk em performances que costumam deixar o público maravilhado. Sua inacreditável voz, potente e gutural, dá toda a beleza às línguas originais de seu canto, o Kingongo e Lingala e lhe renderam convites para gravações com músicos como Mos Def and the Roots entre tantos. Também pela primeira vez no Brasil, Fredy Massamba é o próprio canto africano original e se apresentou nos mais prestigiados festivais de todo o mundo com uma formação que reúne guitarra, baixo, teclados e uma incrível percussão corp oral.

Tyous Gnaoua - O Tyous Gnaoua é um grupo que se formou nos anos 90, liderado pelo Maâlem (mestre do ritmo) Abdeslam Allikane na cidade de Essaouira, antiga Mogador no Marrocos. Essaouira e a música Gnaoua sempre fascinaram os músicos do planeta inteiro. Jimy Hendrix esteve lá duas vezes, e em 1999, o Maâlem Allikane fundou o festival Gnaoua de Essaouira que atrai músicos de todo o mundo como Sting e Pat Metheny entre tantos. No Brasil, o grupo vai apresentar sua música fascinante sempre pontuada pelo contrabaixo "Guemberi", um dos instrumentos mais antigos da civilização. Já seu canto é um amálgama das línguas árabes e do Bambara, típica dos povos nômades do deserto.

Perfil — O Rock in Rio é o maior evento de música e entretenimento do mundo. Criado em 1985 e com 32 anos de vida, é parte relevante da história da música mundial. O evento já soma 17 edições, 101 dias e 1.604 atrações musicais. Ao longo destes anos, mais de 8,5 milhões de pessoas passaram pelas Cidades do Rock.

Nascido no Rio de Janeiro, o Rock in Rio conquistou não só o Brasil como, também, Portugal, Espanha e, em maio de 2015, chegou aos Estados Unidos da América, sempre com a ambição de levar todos os estilos de música aos mais variados públicos.

Muito mais que um evento de música, o Rock in Rio pauta-se também por ser um evento responsável e sustentável. Em 2001, através do projeto social "Por um mundo melhor", assumiu o compromisso de consciencializar as pessoas para o fato de que pequenas atitudes no dia-a-dia são o caminho para fazer do mundo um lugar melhor para todos. Em 2013, o Rock in Rio recebeu a certificação da norma ISO 20121 - Eventos Sustentáveis, um reconhecimento do poder realizador da marca que desenvolve diversas ações com vista à construção de um mundo melhor, como a criação de 182.500 empregos diretos e indiretos no total das 17 edições, e mais de R$ 71 milhões investidos em causas socioambientais e a construção de um legado positivo para as cidades onde o evento é realizado.

. Mais detalhes e novidades basta acompnhar o dia a dia do evento com um clique no banner acima neste Canal Fator Cult.

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