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18/03/2017 - 09:51

A QGEP prevê cenário melhor para os negócios de petróleo em 2017


A QGEP Participações S.A., uma das principais empresas do setor de Exploração & Produção, com um portfólio único de ativos de produção, desenvolvimento e exploração de óleo e gás, anunciou no dia 16 de março (quinta-feira), seus resultados do quarto trimestre e ano encerrado em 31 de dezembro de 2016.

De acordo com a Companhia, o quarto trimestre de 2016, os resultados financeiros consolidados foram impactados pela menor produção de gás no ano, refletindo a condição econômica do Brasil com redução na demanda, enquanto os resultados do quarto trimestre de 2015 foram impactados negativamente pela baixa relativa à devolução do Bloco BM-J-2 à ANP. O Ebitdax apresentou redução de 38,8% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior e de 18,6% em relação ao terceiro trimestre de 2016, em função da redução na produção de Manati. A Companhia encerrou o trimestre com um saldo positivo de caixa e equivalentes de caixa de R$1,3 bilhão, suficientes para cobrir os investimentos por, pelo menos, os próximos dois anos. O fluxo de caixa consistente do Campo de Manati fornece recursos para que Companhia custeie suas operações e continue a financiar seus projetos de exploração.

Destaques financeiros do quarto trimestre de 2016 — A receita líquida foi de R$103,9 milhões, redução de 22,2% quando comparada aos R$133,5 milhões do 4T15. Esse declínio foi decorrente da queda na produção de gás em Manati, que alcançou média diária de 4,3MMm³ no 4T16, ante 5,9MMm3 por dia em 4T15. A queda da produção foi parcialmente compensada pelo reajuste anual dos preços do gás de Manati ocorrido no início do ano.

Os custos de manutenção aumentaram 258,4% comparados aos valores do 4T15, em função da pintura e manutenção da plataforma de Manati. No entanto, a participação especial apresentou redução de 87,8% — função da queda na produção — e a depreciação e amortização registrou valores 45,6% menores, também devido à produção reduzida, como também pelo impacto da variação cambial sobre a provisão de abandono. Os demais itens também sofreram redução. Com isso, os custos operacionais totalizaram R$55,2 milhões no trimestre, redução de 21,3%, quando comparado aos R$70,1 milhões registrados no 4T15, mesmo com as atividades de manutenção.

Os gastos exploratórios foram de R$11,2 milhões, ante R$352,0 milhões no 4T15. Os resultados do 4T15 foram impactados pela baixa de R$332,5 milhões referente à devolução do Bloco BM-J-2 à ANP. Paralelamente, os valores gastos em aquisição sísmica para blocos da 11ª Rodada de Licitações da ANP no 4T16 foram maiores do que os incorridos no 4T15. A receita financeira líquida foi de R$33,5 milhões, comparada a uma receita financeira líquida de R$29,7 milhões no 4T15, devido ao maior rendimento de aplicação de renda fixa, como também do fundo cambial.

Lucro líquido — O lucro líquido do 4T16 atingiu R$51,2 milhões, superior ao prejuízo líquido de R$159,4 milhões no mesmo trimestre do ano anterior, em razão, primordialmente, de menores gastos exploratórios. O fluxo de caixa operacional totalizou R$ 216,7 milhões.

Destaques financeiros do ano de 2016 — A receita líquida totalizou R$476,5 milhões, redução de 4,0% quando comparada aos R$496,2 milhões no mesmo período no ano anterior. A redução deveu-se principalmente à menor produção de gás em 2016, de 4,9 milhões de m³ por dia, em comparação aos 5,6 milhões de m3 em 2015, como resultado do ambiente econômico recessivo no país, que impactou diretamente o consumo de gás, especialmente na região nordeste do país, na qual atuamos. Esta redução foi parcialmente compensada pelo reajuste anual do preço de venda do gás, de acordo com índice contratual em janeiro.

Ainda segundo a empresa nos custos operacionais, o maior impacto foi do custo de manutenção que cresceu 205,1% em relação ao ano anterior, devido às atividades de pintura e manutenção da plataforma de Manati ocorridas a partir do segundo trimestre de 2016. Na ponta contrária, a depreciação e amortização no período apresentaram queda de 45,8% em relação ao ano anterior, em função da assinatura do aditivo ao contrato de venda de gás do Campo de Manati e do efeito da variação cambial sobre a provisão de abandono. Além disso, em razão da queda na produção, a participação especial apresentou redução de 38,9% na comparação anual. Os custos de produção refletem também as despesas relativas à estação de compressão de gás, que em 2016 totalizaram R$37,0 milhões. Em 2015, os custos relacionados à esta estação foram R$13,2 milhões, já que o início da operação se deu em agosto daquele ano.

Comentário — A administração comentou os resultados do anos passado dizendo que: “ao longo de 2016, continuamos avançando nos nossos projetos buscando a valorização do nosso portfólio, mesmo em condições macroeconômicas e setoriais ainda complexas. Estamos otimistas com as perspectivas econômicas do Brasil, especialmente com a queda da inflação e o início do ciclo da redução das taxas de juros a partir do final de 2016, fatos que estão, aos poucos, suportando o aumento da confiança das empresas e dos consumidores.

No cenário internacional, os preços do petróleo tiveram aumento de mais de 50% em 2016 e apresentaram também menor volatilidade quando comparados a 2015. Ao mesmo tempo, registrou-se uma expansão da produção de óleo e gás do Brasil, especialmente ao longo do segundo semestre do ano. A produção de petróleo e gás natural no Brasil em 2016 foi de 3,2 milhões de barris de óleo equivalente por dia, recorde de produção. Estes eventos reforçam nossa crença em relação às perspectivas positivas de médio e longo prazo para o setor e, consequentemente, para a QGEP, considerando o portfólio atual da Companhia e seu potencial de valorização.

A produção de gás do Campo de Manati em 2016 foi de 4,9MMm3 por dia, comparada aos 5,6MMm³ por dia registrados em 2015. Os níveis de produção refletem a menor demanda industrial de gás no país, particularmente na região nordeste, onde atuamos. Para 2017, reafirmamos nosso guidance anterior de um recebimento equivalente a uma média de produção de gás diária em Manati de 4,9MMm³, em linha com os níveis registrados em 2016. As operações no Campo de Manati em 2017 devem ser beneficiadas pelo reajuste contratual anual de preços e a conclusão da manutenção e pintura da plataforma, que reduzirão custos. Adicionalmente, uma recuperação da atividade industrial no país poderia potencialmente aumentar os níveis de produção no segundo semestre do ano.

Nos últimos meses, aproveitamos duas importantes oportunidades para agregar valor ao portfólio de ativos exploratórios da QGEP. Assumimos a participação acionária de dois de nossos parceiros em blocos exploratórios nas bacias de Foz do Amazonas e Pará-Maranhão, na Margem Equatorial, passando assim a deter 100% desses blocos, todos adquiridos na 11ª Rodada de Licitações da ANP, e nos quais somos operadores. Os dados sísmicos já foram adquiridos e processados antes da transação, e estamos analisando esses dados a fim de definir os próximos passos.

É importante ressaltar aqui que, com esses ativos e os blocos de alto potencial que adquirimos na 13ª Rodada de Licitações da ANP, a QGEP detém agora um portfólio substancial para operações de farm-out. Atualmente, estamos avaliando o potencial interesse da indústria com relação ao nosso desinvestimento, e podemos afirmar que a participação de empresas do setor neste processo nos deixa animados com as perspectivas para esses blocos. Reduzir a participação nestes ativos específicos faz parte do reenquadramento do nosso portfólio na estratégia da Companhia de diversificar nossa presença especialmente em ativos na fase exploratória. Desta forma objetivamos sempre participar de um número maior de ativos, com exposição reduzida em cada um deles.

Em relação ao Bloco BM-S-8, acreditamos ter agora uma melhor visibilidade quanto as próximas etapas relacionadas à descoberta de Carcará, após a entrada da Statoil como operadora. No momento, o consórcio está avaliando a disponibilidade de sondas para a perfuração do prospecto de pré-sal Guanxuma, localizado a 30 quilômetros a sudoeste de Carcará, cuja perfuração está programada até o final deste ano. Além disso, está programada para meados de 2017 a nova rodada de licitações da ANP, a qual inclui a extensão ao norte da área do reservatório de Carcará, adjacente ao Bloco BM-S-8. Acreditamos que a realização desta rodada seja fundamental para a definição do cronograma de desenvolvimento do Campo. Por último, mas não menos importante, os desafios dos trabalhos de adaptação do FPSO Petrojarl I para o Campo de Atlanta resultaram em adiamentos na data de entrega, que está programada para o quarto trimestre de 2017, com primeiro óleo no início de 2018.

As negociações com a Teekay, responsável pela adaptação do FPSO em Roterdam, estão avançando, e estamos monitorando de perto a situação. 2016 foi um ano difícil para toda a indústria mundial de óleo e gás e para a economia brasileira, tendo a QGEP sido afetada por ambos fatores. Apesar destes desafios, conseguimos apresentar resultados financeiros consistentes. No ano, a receita líquida alcançou R$477 milhões e Ebitdax de R$188 milhões, representando uma margem de aproximadamente 40%. O lucro líquido totalizou R$153 milhões, muito acima do ano anterior, quando incorremos em gastos exploratórios significativos relacionados à devolução de um bloco exploratório à ANP. Além disso, em 2016, tivemos custos de produção e gastos exploratórios mais baixos e despesas gerais e administrativas reduzidas. A QGEP encerrou o ano com saldo de caixa de R$1,3 bilhão, que, em conjunto com nosso fluxo de caixa operacional futuro, é mais do que suficiente para financiar nossas operações e planos de investimentos, pelo menos, nos próximos dois anos.

Essa sólida posição financeira nos dá a flexibilidade de aproveitar outras oportunidades que se enquadrem em nossa estratégia. Ao mesmo tempo, a diversificação de nosso portfólio exploratório virá também de potenciais reduções de participação em ativos já existentes no nosso portfolio atual. Desta forma, estamos em uma situação excepcionalmente vantajosa em relação à escolha de como utilizar nossos recursos financeiros e como monetizarmos nossa base de ativos por meio de acordos de farm-out com potenciais parceiros, buscando sempre a criação de valor para nossos acionistas.

Sendo uma empresa de petróleo independente com sólido conhecimento da atividade de exploração e produção no Brasil, a QGEP está bem posicionada para usufruir dos benefícios advindos das recentes iniciativas governamentais para apoiar o desenvolvimento do setor no país. Reformas legislativas significativas em andamento destinadas a aumentar a competitividade do país, como também a previsibilidade de novos leilões, já começam a surtir efeito na atratividade para novos investidores estrangeiros. Supondo que as novas regras de conteúdo local, bem como a renovação do Repetro estejam em vigor, os planos da ANP para as três rodadas de licitação em 2017 devem gerar grande interesse entre os players internacionais. Assim, pretendemos exercer um papel relevante nos próximos anos em um mercado que tem tudo para crescer e se tornar um dos mais atrativos no mundo. Seguimos evoluindo em direção à nossa visão de nos tornarmos uma das principais produtoras brasileiras independentes de óleo e gás”, concluem.

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