Nordeste Invest 2008 já tem 80% dos estandes comercializados

Grupos internacionais estão investindo cerca de R$ 4 bilhões no mercado imobiliário brasileiro. São aproximadamente 150 empreendimentos em curso, que devem entrar em operação até 2009.

Os preparativos para o Nordeste Invest 2008, promovido pela Associação para o Desenvolvimento Imobiliário e Turístico do Nordeste Brasileiro (ADIT Nordeste), estão a todo vapor. O evento será realizado de 28 a 30 de maio, no Centro de Convenções de Pernambuco, em Recife.

Cerca de 80% dos estandes já foram vendidos, a maioria para empresas associadas à ADIT, como Grupo Odebrecht (maior construtora da América Latina), Norcon (Sociedade Nordestina de Construção), Ademi (Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Alagoas), Aquiraz Riviera (maior empreendimento turístico de padrão internacional do Nordeste), CB Richard Ellis (maior empresa de consultoria imobiliária do mundo), Paraíso Empreendimentos, Summer Brasil Turismo e Grupo Pestana (maior grupo português no setor de turismo).

O objetivo principal do evento é criar oportunidade para empresários brasileiros fecharem negócios com grupos internacionais, sem a necessidade de viajar ao exterior, além de possibilitar que investidores estrangeiros conheçam o mercado nordestino. A programação será dividida em três módulos: Conferência, Rodada de Negócios e Salão Imobiliário e Turístico.

Segundo o Ministério do Turismo, cerca de R$ 4 bilhões estão sendo investidos por grupos internacionais no mercado imobiliário brasileiro. São aproximadamente 150 novos meios de hospedagem que devem entrar em operação até 2009. Do total de empreendimentos, cerca de 20% pertencem a investidores internacionais.

Nos próximos três anos, empresas de capital português vão investir cerca de R$ 2,2 bilhões em novos projetos turísticos no Brasil. Quase 100% desses recursos serão aplicados no Nordeste. Na lista dos que mais investem, os espanhóis vêm a seguir. Devem aplicar mais de R$ 1,3 bilhão até 2010.

Segunda residência - A ADIT estima que, nos próximos oito anos, sejam comercializadas 80 mil casas para estrangeiros no Brasil, o que deve movimentar cerca de R$ 16 bilhões. Pesquisas realizadas na Inglaterra e Irlanda – maiores mercados do mundo em segunda residência – mostram que o Brasil aparece com menos de 1% de participação. “Isso é ruim por um lado, porque nos coloca em posição desconfortável, mas, por outro, nos deixa otimista quanto ao futuro, uma vez que a própria pesquisa aponta o País como uma grande aposta para os próximos anos”, destaca Felipe Cavalcante, empresário da construção civil e presidente da ADIT.

Contudo, o empresário salienta ser preciso vencer sérios desafios para o Brasil alcançar posição de destaque no cenário internacional. Os principais problemas estão na infra-estrutura, em especial nos transportes. “É necessário melhorar, e muito, a nossa malha aérea.