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22/03/2017 - 07:44

Comunicado Assocon: o que nos ensina a operação “Carne Fraca”

“Em tão pouco tempo, muito já se falou e repercutiu sobre os prós e contras da Operação “Carne Fraca”. Para a Assocon, entidade de âmbito nacional que defende e fomenta a cadeia produtiva da carne bovina, Sim, houve exageros da Polícia Federal; sim, as divulgações foram exageradas e falta conhecimento da grande imprensa. Porém, mais do que nunca, fica evidente a necessidade de alinhamento da atividade, com ações em sintonia de produtores, indústrias de insumos, frigoríficos e varejo, com o objetivo de impactar positivamente os consumidores brasileiros e os compradores internacionais.

As 21 indústrias de proteínas animais foram expostas ao julgamento público, sem direito a conhecer os argumentos de acusação. Como uma avalanche, em pouco tempo toda a estrutura de produção de carnes do país, um colosso com 4.800 unidades espalhadas de norte a sul, foi afetada e colocada à prova. Esse fato exigiu posicionamentos rápidos dos envolvidos diretamente, mas também de quem não apareceu nas denúncias. Resultado: prejuízos econômicos e, mais do que isso, de imagem de toda a indústria de proteínas animais. Obviamente que as denúncias precisam ser esclarecidas e os eventuais culpados, condenados. Porém, é um tremendo despropósito atacar toda a atividade.

Pouco se falou até o momento dos reflexos que essa divulgação desmedida e indevida gera para outros agentes fundamentais da cadeia produtiva: os pecuaristas. Segundo o IBGE, a pecuária está presente em 90% dos mais de 5 milhões de propriedades rurais no país. A Assocon estima que pelo menos 1 milhão de produtores têm a pecuária como sua atividade principal. Todos estão claramente preocupados porque o seu sustento pode estar comprometido, já que a eventual redução das exportações pode impactar os preços do boi gordo e isso gerará uma reação em cadeia — especialmente num ano em que a oferta de gado está acima da demanda e os preços recuaram em relação a 2016.

O varejo também é atingido frontalmente. Com a divulgação exacerbada, os consumidores tendem a reduzir as compras de carnes e processados. Porém, lembrando que a demanda per capita por carne bovina recuou abaixo dos 30 kg/hab/ano por conta da crise econômica, é possível haver ainda mais redução — desta vez por receio indevido em relação à qualidade da carne. Mais um sintoma prejudicial a todos os envolvidos na cadeia produtiva.

Em meio a essa intensa discussão, muitas indústrias de insumos sentiram-se no dever de se posicionar, defendendo a estrutura sanitária e a indústria de proteínas animais. A Assocon entende e apoia esse movimento vindo de todas as partes. É esse sentimento de cadeia produtiva que precisa ser fortalecido.

Em momentos como esse a cadeia da carne bovina precisa mostrar a sua força. Afinal, são quase 10 milhões de toneladas de carnes produzidas por ano, US$ 6 bilhões em exportações e geração de 1 milhão de empregos diretos. Estamos falando de alimentos de primeira necessidade.

Importante destacar que nos últimos 10 anos a cadeia da carne bovina tem trabalhado arduamente para atender os mais altos padrões de exigência no Brasil e no mundo. Foram abertos mercados importantes, como EUA e novas cotas para a União Europeia, foram criadas marcas, diversificou-se a oferta de produtos com raças que proporcionam experiências diferentes. Também apareceram butiques de carnes no mercado interno, oferecendo produtos da mais alta qualidade aos exigentes consumidores brasileiros.

Os processos industriais também melhoraram bastante, visando atender a mercados de alto padrão, como EUA, União Europeia e outros. O Brasil está na dianteira, quando falamos em oferta de alimentos "verdes", em que se produz mais com menos, conquistando assim uma das maiores eficiências do mundo em produção de carne com menos recursos naturais.

Ou seja, este é um trabalho árduo da cadeia buscando atender as exigências de nossos consumidores e do mundo, que tanto valorizam a carne bovina. Por esses motivos, a Assocon não admite que ações pontuais e muito mal divulgadas destruam o trabalho árduo dos produtores e da indústria. Consideramos este mais um golpe devido à falta de união da cadeia e o desrespeito de alguns elos com a atividade.

Nesse sentido, a união de esforços é crucial para a retomada. A imagem da carne brasileira está arranhada, mas esse caso precisa servir de exemplo para que uma atividade tão importante, resultado do trabalho incansável e competente de vários agentes — dos pecuaristas à indústria — valorize a união. Como a Assocon sempre ressalta: Juntos somos mais fortes”, conclui a Associação Nacional da Pecuária Intensiva (Assocom).

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