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20/03/2008 - 10:23

São Carlos desenvolve localizador para idosos com problemas de memória

A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), no interior de São Paulo, está desenvolvendo um dispositivo de localização de idosos para evitar que se percam durante uma caminhada ou ida ao supermercado, por exemplo. O objetivo é obter um aparelho rastreador que garanta maior autonomia àqueles com alguma perda de memória ou nos estágios iniciais do mal de Alzheimer.

O projeto é um dos 25 apoiados pela Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) para simplificar a vida cotidiana dos idosos, permitindo melhor acesso ao mercado de trabalho, aos meios de transporte e à comunicação. Ao todo, a FINEP já destinou R$ 4 milhões a projetos nesta área.

A tecnologia utilizada para localizar idosos com problemas de memória e a mesma usada para rastrear presos em liberdade condicional e carros roubados. Em Portugal, já existe uma pesquisa sobre o uso em pacientes com Alzheimer. “No Brasil, nosso estudo é pioneiro", garante a pesquisadora da UFSCar, Sofia Pavarini. "O ideal é que os idosos comecem a usar o sistema desde cedo, para que tanto a família como eles próprios se preparem para as fases mais avançadas e debilitantes da doença".

No mal de Alzheimer, a progressão das lesões cerebrais causa perda de memória, incapacidade de reconhecer filhos e amigos, mudanças de humor e comportamento e, finalmente, a morte. "Mas se estimulamos as áreas que restam preservadas, diminuímos a velocidade de avanço da doença", completa Sofia.

Além de pesquisadores da área de saúde - médicos, fonoaudiólogos, psicólogos e terapeutas ocupacionais - participam do projeto engenheiros elétricos, de produção e assistentes sociais. A multidisciplinaridade dos profissionais engajados na pesquisa visa tornar mais palatável ao idoso iletrado o uso do aparelho localizador.

" Nós temíamos que os cem idosos que participam da pesquisa tivessem dificuldade para manipular o aparelho ou esquecessem de carregar sua bateria, que dura 24 horas. Mesmo nos bairros mais pobres, isso não aconteceu. Muito por causa da popularização dos celulares. Como o dispositivo lembra um telefone móvel, sempre havia alguém na casa, quando não o próprio idoso, que conseguia programá-lo e lembrava de pôr carga", ressalta Sofia.

Agora, os pesquisadores planejam testar o dispositivo m forma de relógios e cintos. "O que mais desejamos é aumentar a consciência quanto a demência ser uma questão de saúde pública. É uma doença com grande impacto nos serviços de saúde e da qual temos muito pouco conhecimento", observa Sofia. | www.finep.gov.br

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