Alimentos e energia pressionam inflação de março das famílias de baixa renda

O Índice de Preços ao Consumidor Classe 1 (IPC-C1) registrou em março alta de 0,54%, ficando 0,49 ponto percentual (p. p.) acima do mês anterior, quando a inflação foi de 0,07%. Os dados, divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/IBRE), são referentes à inflação para famílias que ganham entre 1 e 2,5 salários mínimos. A taxa acumula elevação de 1,18%, este ano, e de 4,24%, em 12 meses.

As despesas com Alimentação, que saltou de -0,45% para 0,60%, e Habitação, que subiu de 0,27% para 1,22%, responderam pela aceleração da inflação de baixa renda. “Entre os alimentos, os destaques foram: hortaliças e legumes e laticínios. Com a aproximação do inverno, o volume de chuvas diminui e a oferta de in natura e leite também. Já no grupo habitação, os preços da energia subiram pela mudança da cor da bandeira tarifária de verde para amarela”, explicou André Braz, coordenador do IPC do FGV/IBRE.

Outras três classes também registraram alta: Saúde e Cuidados Pessoais (0,32% para 0,61%), Vestuário (-0,37% para 0,11%) e Despesas Diversas (0,36% para 1,01%). Porém houve queda nos demais grupos: Transportes (0,72% para -0,15%), Comunicação (-0,02% para -1,53%) e Educação, Leitura e Recreação (0,67% para -0,19%).

Para o economista, a expectativa é que em abril a inflação para as famílias de baixa renda seja menor, principalmente os custos com Habitação. “Em abril teremos redução da tarifa elétrica em todo o Brasil por conta da devolução de cobranças indevidas em 2016”, destaca Braz.