Secretaria de Transportes do Rio de Janeiro inaugura maquete do Corredor Viário da Alameda São Boaventura

População poderá conhecer detalhes do projeto que vai aliviar o trânsito numa das principais ligações de Niterói.

A partir do dia 25 (terça-feira), da semana que vem, os moradores de Niterói poderão conhecer melhor o projeto de construção do Corredor Viário da Alameda São Boaventura, considerado uma das obras mais importantes para os moradores de Niterói e municípios vizinhos. Uma maquete da obra ficará exposta num estande que a Secretaria de Transportes e a Construtora Camter vão instalar no Terminal Rodoviário João Goulart, ao lado da estação das Barcas em Niterói. O público poderá conhecer detalhes do projeto e ver como ficará o novo visual da Alameda ao término da obra, previsto para setembro deste ano.

A Alameda São Boaventura é um dos principais eixos viários de Niterói e serve a todos os municípios do Leste Fluminense, fazendo a ligação com a Ponte Rio-Niterói. Por hora, trafegam pela Alameda uma média de 2,5 mil veículos e 300 ônibus municipais e intermunicipais. Na Avenida Feliciano Sodré, que também faz parte do projeto de intervenção, o número de ônibus é ainda maior, de 500 veículos por hora. Além do trânsito de motoristas que se deslocam entre a Capital e os municípios do Leste Fluminense, há também intenso tráfego local gerado pela grande quantidade de comércios e serviços ao longo da via. Pelos cálculos da Secretaria de Transporte, a construção do corredor beneficiará diariamente 500 mil pessoas que circulam pela região.

-O Corredor Viário vai significar mais conforto, economia de tempo e de combustível, e maior mobilidade para quem se desloca pelo Centro de Niterói e na Ponte. A previsão é que a velocidade dos carros, que hoje fica em média de 10 km/h nos horários de maior movimento, seja três vezes maior. Precisamos dar um fim aos intermináveis engarrafamentos que atrapalham a rotina dessas pessoas. Esse projeto também vai permitir uma maior integração dos ônibus com o sistema de barcas, desafogando o trânsito na Ponte Rio-Niterói, - destaca o secretário de Transportes, Julio Lopes.

A obra é um dos principais projetos na área de transportes do estado e, com ela, o Rio terá seu primeiro corredor expresso para ônibus, com paradas intermediárias, nos moldes do que já acontece em outras cidades brasileiras como São Paulo e Curitiba. Ao longo da via, sobre o canal central, serão construídas seis baias especiais para embarque e desembarque de passageiros de ônibus. A primeira, com obra já iniciada, ficará na altura do Hospital Municipal Getúlio Vargas Filho e levará o nome de Estação Getulinho. Na seqüência, serão construídas outras cinco estações: a Riodades; Santo Cristo; Zoológico; Bairro Chico e Colégio Nossa Senhora das Mercês.

Para o secretário Julio Lopes, a maquete será importante para orientar a população após o término da obra.

- A maquete é uma antecipação do que será o projeto, depois de pronto. Através dela, buscamos explicar para a população como funcionará o corredor e como ficará o trânsito na Alameda. Iniciamos as obras no final de janeiro e estamos trabalhando de trás pra frente, começando pelas últimas duas estações, de Getulinho e Riodades – frisou o secretário.

Por ser tratar de uma avenida de grande circulação, os engenheiros concentram o trabalho apenas no trecho do canal. Segundo César Pinto, que integra a equipe de engenheiros responsáveis pela obra, esta é a principal dificuldade encontrada para a conclusão do projeto.

- As faixas são muito estreitas e não podemos interditar nenhuma delas, pois atrapalharia muito o trânsito – analisou o fiscal da obra.

A obra na Alameda está orçada em R$ 6,9 milhões. O projeto inclui ainda a modernização do sistema de sinais de trânsito, para facilitar o acesso dos pedestres às plataformas de embarque e a travessia das pistas, e a instalação de monitoramento eletrônico de velocidade nos ônibus que vão circular no corredor, possibilitando maior fluidez do trânsito.