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11/04/2017 - 07:58

Centro de pesquisa mineiro se torna nova unidade Embrapii

Foram sete selecionadas pelo novo edital: os investimentos poderão chegar a R$ 177 milhões em projetos de inovação.

Para vencer a barreira do alto risco em investimentos de inovação no Brasil, existe a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial(Embrapii). Ela apoia a iniciativa privada com grandes aportes financeiros no desenvolvimento de projetos tecnológicos. Para ter acesso a esse incentivo, as empresas precisam desenvolvê-los com as unidades de pesquisa credenciadas à Embrapii, hoje presentes em todas as regiões do Brasil.

A EmbrapiiI anunciou o resultado preliminar do mais recente edital para escolha dessas unidades no dia 31 de março(sexta-feira). A chamada priorizou centros tecnológicos que atuam em áreas de competência inéditas e com alta demanda no mercado. Esse é o caso do mineiro CSEM Brasil, habilitado para desenvolver projetos em Eletrônica Impressa, que permite inovações como os painéis solares orgânicos (OPV), no qual é referência mundial.

As unidades foram avaliadas a partir de seu plano de ação, ao elencar oportunidades e resolução de problemas – de alto potencial mercadológico – através da tecnologia. Assim, foi preciso mostrar que o centro de pesquisa está focado em uma área e conhece o setor, as empresas e os projetos desenvolvidos por elas e suas tendências; além de como ele vai cooperar com essas empresas de forma que consiga inovar dentro dos gaps que elas têm.

Inovações mundialmente pioneiras — Na área de Eletrônica Impressa, segmento novo que vem revolucionando o mercado de componentes eletrônicos, as possibilidades são infinitas. Para se ter uma ideia, essa técnica de impressão é a responsável pelos visores de alta definição de celulares da Samsung e da LG - aos quais a Apple não tem acesso. Mais do que isso, é capaz de produzir circuitos eletrônicos em substratos flexíveis, como plástico, tecido, etc, e o potencial de suas aplicações ainda está sendo descoberto em todo o mundo.

Os painéis solares do CSEM Brasil, por exemplo, são impressos em plástico rolo, através de baixas temperaturas e de materiais orgânicos – o que acaba reduzindo o impacto ambiental e os custos de produção. Além de ser leve, flexível, sustentável e com grande apelo para design, é previsto que custe 30 vezes menos do que os painéis tradicionais de silício hoje.

Entenda o contexto — No Brasil, é comum que os projetos de inovação — em centros de pesquisa universitários, por exemplo – venham do interesse ou da trajetória individual dos pesquisadores, ao invés de se orientarem por tendências mercadológicas. Pensando nisso, o objetivo da Embrapii é implantar um planejamento “Top-Down” com este credenciamento de instituições parceiras. Dessa forma, a instituição guia o desenvolvimento tecnológico prezando pelo fortalecimento da capacidade de inovação brasileira.

Para se tornar uma Unidade, a instituição é avaliada através de seu plano de ação. Nele, é preciso constar quantos contratos serão realizados ao longo de seis anos, quanto recurso será captado e em quantas empresas e, para isso, qual é a quantia que o centro de pesquisa vai precisar da EMBRAPII. O valor total do plano de ação das selecionadas é de R$ 177 milhões, sendo R$ 58,8 milhões disponibilizados pela instituição.

A Embrapii — Desde sua fundação, a Embrapii já fechou 198 projetos no valor total de R$ 312 milhões. Com o novo resultado, chegam a 30 o número de Unidades credenciadas. A associação foi qualificada como Organização Social pelo Poder Público Federal em 2013, e é gerida pelos ministérios da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e da Educação (MEC).

O financiamento da instituição obedece a seguinte regra geral: a EMBRAPII pode investir até um terço das despesas das Unidades com projetos de PD&I com empresas, enquanto o restante é dividido entre a empresa parceira e a Unidade. Ao compartilhar riscos de projetos com as empresas (por meio da divisão dos custos do projeto), estimula-se o setor industrial a inovar mais e com maior intensidade tecnológica para, assim, potencializar a força competitiva das empresas tanto no mercado interno como no mercado internacional.

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