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13/04/2017 - 07:18

Indústria está preparada para adotar novos modelos de negócios, diz FIRJAN


Evento Nocaute apresentou experiências e casos de sucesso em empresas de pequeno a grande portes.

Conforme o levantamento ‘Novos modelos de negócio’, produzido pelo Sistema FIRJAN, 91% dos industriais fluminenses reconhecem que novos modelos de negócios devem valorizar a experiência e a customização para cada consumidor. Ainda mais: que essas informações são indispensáveis para repensar o negócio e a estratégia empresariais em torno das necessidades do cliente.

O resultado da pesquisa com 347 industriais do Rio de Janeiro foi apresentado no dia 12 de abril (quarta-feira) na sede da FIRJAN durante o evento Nocaute, Ali, foram apresentadas as experiências promovidas por empresas como o Grupo PSA, Grupo Abril e a empresa familiar Elon Móveis Design. Conforme o gerente de Indústria Criativa da Federação, Gabriel Pinto, o evento de conteúdo é uma oportunidade de se criar uma ponte para o futuro, discutindo o que vem sendo produzido nas empresas para enfrentar a crise.

Coordenadora de Pesquisa e Estatística da FIRJAN, Tatiana Sanchez destacou que nove em cada dez empresários enxergam novos modelos de negócios como opção para renovação da indústria fluminense. Além disso, os empresários entendem que a adoção de novos modelos não precisa ser radical, inédita ou ter custo elevado. “Alguns mitos precisam ser desmistificados. Apesar de a inovação tecnológica ser importante, às vezes, não precisar haver grande investimento. O Uber reforça essa ideia. A plataforma usou uma tecnologia já existente para conectar motoristas e clientes”, exemplifica a coordenadora.

Segundo Tatiana, o essencial é o empresário estar disposto a promover a mudança, saber olhar o mercado e as necessidades dos clientes. “Mudar a cultura empresarial de uma empresa e questões financeiras foram dois entraves apontados pelos industriais para promoverem mudanças”, destacou.

Empresas relatam mudanças nos últimos anos — Diretor de Assinatura do Grupo Abril, Ricardo Perez afirmou que apoio da direção foi fundamental para as transformações ocorridas na empresa nos últimos tempos. Detentora de marcas de sucesso no meio editorial, o grupo deixou de ser apenas uma editora para se tornar uma gestora de serviços e assinaturas e de produtos a partir da sinergia entre as empresas que compõe o grupo: gráfica, licenciadora de produtos, logística, promotora de eventos e big data. “Eram negócios que andavam separados. Hoje atuam conjuntamente, fazendo surgir novos produtos e serviços para todos os nossos clientes”, acrescentou.

Já o diretor da Elon Móveis de Design, Rogério Noel, contou que a empresa familiar mudou o foco de atuação de uma empresa moveleira local para a produção de produtos autorais e de maior valor agregado, após participar da Oficina SENAI Design. “Percebemos que havia um grupo de designers dispostos a produzir peças autorais. Nós tínhamos todo o maquinário e profissionais competentes da empresa inicial, criada pelo meu pai. Ao mudarmos o foco, crescemos mais e hoje também criamos uma nova empresa de marcenaria, voltada para atender projetos especiais”, contou Rogério.

Já o gerente de Pesquisa, Inovação e Engenharia do Grupo PSA, Emmanuel Hédouin, relatou as alterações nos 200 anos de existência da empresa automotiva e como o grupo investe hoje em inovação para atender às transformações da sociedade. “Queremos ser provedores de mobilidade e de soluções de compartilhamento de veículos. Além de investir em novas tecnologias para um carro mais seguro, autônomo e conectado, investimos em laboratórios de inovação apoiando startups, que buscam oportunidades de negócios e soluções a partir das experimentações e desejos dos clientes”, afirmou.

O ex-diretor de Negócios do Google e do Facebook e atual sócio fundador da MOX Digital e criador do rio.Futuro, Xavier Leclerc, destacou o imenso mercado brasileiro a ser explorado por meio das redes digitais. Ele também defendeu que inovação não é sinônimo de tecnologia, pois as ferramentas já estão ai para serem usadas: internet das coisas, inteligência artificial, realidade virtual, drones, robôs, entre outras. “O importante é usar a técnica com competência, com conteúdo, nos adaptando à realidade do mercado e atendendo aos desejos do consumidor”, exaltou.

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