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19/04/2017 - 07:10

Campinas amarga 10ª queda consecutiva em vagas formais na construção civil

Cidade acumula sucessivas quedas desde maio de 2016 mas ficou atrás de Indaiatuba e Piracicaba.

O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), divulgou no dia 18 de abril (terça-feira), os dados de emprego do setor da construção civil referentes ao mês de fevereiro de 2017. Os dados são da pesquisa realizada pelo SindusCon-SP em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), com base em informações do Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE).

Em Campinas, a série de quedas no número de empregos do setor continua. De acordo com a pesquisa, o mês de fevereiro apresentou queda de 0,39% em relação ao mês de janeiro deste ano. O percentual corresponde a 71 postos de trabalho a menos na cidade, no período em referência. Ainda em comparação com o primeiro mês do ano, apenas duas cidades da região de abrangência do SindusCon-SP – Regional Campinas tiveram aumento no número de vagas: Americana e Paulínia. Em contrapartida, as maiores quedas foram registradas em Piracicaba e Indaiatuba.

Na comparação com o mesmo período de 2016, a variação fica em -12,22%, com queda de 2.549 vagas. A última variação positiva do índice havia sido em abril de 2016, quando registrou alta de 0,12%. Atualmente, o estoque acumulado de trabalhadores é de 18.310 pessoas com carteira assinada.

"A retomada da economia brasileira depende diretamente da estabilidade política que, desde o início do ano, tem demostrado que vai demorar acontecer. Nas cidades em que houve alguma reação positiva, os índices foram bem discretos e ainda não foram suficientes para contrapor o desempenho de 2016 – já que todas as cidades de nossa cobertura continuam negativas nessa comparação”, explica o diretor do SindusCon-SP – Regional Campinas, Marcio Benvenutti.

Cenário Nacional — Setor da construção perdeu 14.070 vagas em todo o Brasil em fevereiro, queda de 0,56% em relação a janeiro. Esta é a 29ª queda consecutiva, deixando o estoque de trabalhadores no setor em 2,48 milhões. Na comparação com fevereiro de 2016, houve queda de 13,95%. Em outubro de 2014, primeiro mês de variação negativa, o estoque era de 3,57 milhões – queda de 1,08 milhão de postos de trabalho. Desconsiderando efeitos sazonais*, a queda é de 1,12% em fevereiro (-28.486).

“A intensificação do desemprego na construção resulta da redução contínua do volume de novas obras, decorrente do prolongamento da recessão econômica”, analisa o presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto.

A expectativa da entidade é de que este quadro somente se reverterá quando, além do prosseguimento da queda da inflação e dos juros, forem tomadas medidas efetivas para a reativação da economia. “Por isso é tão relevante a aprovação das reformas trabalhista e da previdência, melhorando o ambiente de negócios e proporcionando segurança jurídica ao emprego formal”, comenta Romeu Ferraz.

Segmentação — Em fevereiro, na comparação com janeiro, os segmentos que mais apresentaram queda foram Obras de instalação (-0,82%), Imobiliário(-0,79%) e Obras de acabamento (-0,65%). Em 12 meses, as maiores baixas são Imobiliário (-16,96%), Obras de acabamento (-13,52%)Infraestrutura (-13,50%).

Estado de São Paulo — Em fevereiro houve queda de 0,66% no emprego em relação a janeiro. O estoque de trabalhadores foi de 694,6 mil em janeiro para 690,1 mil em fevereiro (-4.577). Em 12 meses, são menos 96.006 trabalhadores no setor (-12,21%). Desconsiderando a sazonalidade**, houve redução de 1,12% (-7.840 mil vagas).

Na comparação fevereiro contra janeiro houve queda em todos os segmentos, sendo as maiores em Imobiliário (-1,21%) e Obras de acabamento (-0,83%).

Na capital, que responde por 43,44% do total de empregos no setor, a queda em fevereiro na comparação com o mês anterior foi de 1,05% (-3.160 vagas). Em 12 meses, São Paulo registra retração de 14,10% (-49.022 vagas).

O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) é a maior associação de empresas do setor na América Latina. Congrega e representa 650 construtoras associadas e 22,5 mil filiadas em todo o estado. A construção paulista representa 27,5% da construção brasileira, que por sua vez equivale a 5,3% do Produto Interno Bruto do Brasil.

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