Especialista aponta carga tributária como entrave para incremento da exportação de serviços

Assunto foi destaque durante o ENAServ 2017.

São Paulo — O aumento da exportação dos serviços no Brasil passa, necessariamente pela diminuição da carga tributária. É o que afirmou Fabricio Panzini, especialista em Negociações Internacionais da Confederação Nacional da Indústria (CNI), durante sua palestra no Encontro Nacional do Comércio Exterior de Serviços (ENAServ 2017), promovido pela AEB, em parceria com MDIC e apoio da CNC e Fecomércio-SP.

Segundo Panzini, em um estudo comparativo da carga tributária de vários países o Brasil tem a parcela mais cara para o exportador. “Discutir a competitividade da economia na exportação de serviços passa, necessariamente, pela discussão da carga tributária e suas distorções”, disse ele. “A agenda de acordos do Brasil em serviços demanda uma estratégia ampla do governo e do setor privado, além do mapeamento de barreiras e interesses ofensivos e defensivos”, destacou.

O especialista da CNI participou do segundo painel do ENAserv 2017,”Desafios e Oportunidades para a Exportação de Serviços”, juntamente com Lucas Ferraz, professor de Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV/EESP), e André Limp, supervisor de projetos especiais da ApexBrasil. Tanto Limp quanto Ferraz destacaram a importância dos acordos comerciais internacionais para a exportação de serviços.

“Serviços podem contornar algumas barreiras com mais facilidade, têm uma reação mais rápida a crises, assim como têm mais valor agregado e diferenciação competitiva”, concluiu Limp, citando as oportunidades do setor.

O ENAServ 2017 tem como tema “Exportar serviços para ampliar fronteiras”. O evento aborda estruturas de suporte financeiro, desafios e oportunidades para a exportação de serviços, assim como a internacionalização de empresas do setor.