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25/04/2017 - 06:54

Dança é adaptada para ajudar na recuperação de pacientes com problemas neurológicos

Atividade contribui no tratamento de pacientes com limitações cognitivas.

“A dança é a linguagem escondida da alma”, esta é a definição de Martha Graham, bailarina e coreógrafa americana, responsável por transformar, revitalizar e difundir a dança moderna ao redor do mundo. A atividade está presente nos momentos de celebrações e festividades mundiais, ela faz parte do cotidiano e da cultura do ser humano, representando e difundindo a tradição e a história da população.

A influência dessa arte é tanta que tem sido utilizada como coadjuvante no tratamento de pacientes com diversos problemas de saúde, como doenças neurológicas e dificuldades motoras. “Ela entra como suporte e reforço aos atendimentos clínicos. Por meio dela é possível trabalhar a reabilitação cognitiva, corporal e também comportamental, porque a dança se utiliza de técnicas onde o indivíduo precisa ter foco e saber esperar”, explica Silvia Rodrigues, neuropsicóloga educacional, fisioterapeuta neuropediátrica, com formação em Dança e que atua no Centro de Excelência em Recuperação Neurológica (CERNE).

“A dança adaptada é 100% terapêutica, é chamada desta forma porque é adaptada a uma situação, de acordo com a necessidade do paciente, não é nada físico, é comportamental”, frisa Sílvia. Ela explica que antes de iniciar a atividade o paciente passa por uma avaliação clínica e a partir dela é definida a frequência da prática, que varia de acordo com o quadro clínico, podendo ser executada de uma a duas vezes por semana, durante uma hora/aula. “Há comprovação científica que a dança, além de atuar na parte física, trabalha os aspectos mental e social de qualquer indivíduo, não só daqueles que têm algum tipo de acometimento”, destaca a especialista.

A técnica auxilia na terapia de pessoas portadoras de Transtorno do Espectro Autista (TEA), onde são trabalhados os pontos necessários para o desenvolvimento da parte motora, e também para pacientes com problemas neurológicos, como AVC, Parkinson, esclerose múltipla, paralisia cerebral, entre outros.

A dança adaptada trabalha movimento, cognição e comportamento associados a uma atividade prazerosa, o que torna o resultado mais rápido, já que acelera a habilitação de algumas estruturas que estão adormecidas. “Quando o indivíduo faz uma atividade adaptada, como é o caso da dança, ele não sente que está realizando algum tipo de reabilitação, pelo contrário, sente prazer em fazer e repetir a terapia. Esse é o grande segredo desta ferramenta”, destaca Silvia. A especialista ressalta também que existe um envolvimento do paciente na definição do ritmo e da música. “Eles contam suas preferências e a partir daí selecionamos o que os agradam ouvir e dançar. Hip hop e rock moderno estão entre os mais pedidos”, complementa.

O Centro de Excelência em Recuperação Neurológica (CERNE), conta com uma equipe multiprofissional, composta por fisioterapeutas, fonoaudióloga, musicoterapeuta, psicóloga, terapeuta ocupacional, psicopedagoga, educador físico e enfermeiro. A clínica tem a proposta de oferecer um outro olhar da recuperação da saúde, mais humanizado e personalizado de acordo com as necessidades e demandas do paciente, a fim de facilitar a sua inserção na sociedade. Além de garantir qualidade no tratamento, por meio de um processo padronizado onde o paciente encontra todas as terapias no mesmo local e de forma integrada, o Centro conta ainda com a experiência de suas sócias, a terapeuta ocupacional Syomara Cristina Smidiziuk e a fisioterapeuta Mariana Krueger, uma das primeiras profissionais capacitadas para a aplicação da técnica de Neuromodulação Transcraniana na Região Sul. A sociedade é complementada por Canrobert Krueger, engenheiro de computação e administração.

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