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20/03/2008 - 11:51

Executivo do Banco WestLB afirma que o Brasil não deverá ser afetado pela crise do subprime


Em palestra na Câmara Brasil-Alemanha, Roberto Padovani apontou as reservas superiores à dívida externa como fator de equilíbrio para o País, ao contrário das situações norte-americana e européia.

Em palestra promovida pela Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha nesta semana, o estrategista de Investimentos Sênior para a América Latina do Banco WestLB do Brasil, Roberto Padovani, traçou um cenário da crise do subprime no Brasil e em outros lugares do mundo, como nos Estados Unidos e na Europa.

O Brasil está em uma situação bastante confortável, já que possui reservas acima da dívida externa, a economia está estável e a população confiante, principalmente em relação aos empregos. De acordo com Roberto Padovani, o único perigo ao País é o aumento da inflação com os preços das commodities em alta. “Como o Brasil é exportador de commodities, não será tão afetado pela desvalorização do dólar. E a inflação não é um problema até o momento, já que fechamos 2007 com 4,5%, enquanto a média mundial foi de 6%”, destaca.

Já nos Estados Unidos, a economia está em crise, ainda considerada suave. Desde 2004, quando o governo norte-americano começou a aumentar os juros, as vendas diminuíram, provocando uma desaceleração da economia. “O número de vagas de trabalho geradas é um importante indicador de crise e diminui a cada ano, desde 2005”, afirma Padovani.

O crédito mais caro, em virtude do risco bancário, também contribui para a situação atual. “Por enquanto, os efeitos da crise ainda não se refletem no comércio norte-americano e a injeção de recursos financeiros pelo FED (Banco Central dos Estados Unidos) para ampliação das linhas de crédito ajuda a aumentar a confiança do consumidor”, analisa o estrategista.

O maior responsável pela sustentação da economia mundial é a Ásia, especialmente a China, graças ao crescimento que apresentou nos últimos anos. A Europa, por outro lado, tem refletido a crise dos Estados Unidos e registra queda no PIB. Na Alemanha, as exportações estão crescendo menos, fato que prejudica a indústria, a geração de empregos e a confiança do empresariado alemão.

Dados do FMI (Fundo Monetário Internacional) mostram que o crescimento mundial em 2008 deverá ser de 4,7%, considerado acima da média dos últimos anos. Em 2007, o crescimento mundial foi de 5,2%. “Nas próximas semanas devem ser definidas a situação do sistema bancário norte-americano e as dimensões reais da crise”, completa o executivo. | Fonte: FMI, WestLB. | www.ahkbrasil.com.

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