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20/03/2008 - 12:02

A automação de negócios e a empresa preditiva

A evolução do modelo SOA das ferramentas BAM exige nova tecnologia para o processamento de eventos complexos de negócios em real-time.

A introdução da tecnologia de controles automáticos, aplicada aos processos de produção, emergiu como fenômeno mundial ao final da Década de 60 e logo se posicionou como o princípio de uma nova e definitiva fase da revolução industrial.

Uma passada de olhos pela ficção científica de 30 ou 40 anos atrás irá mostrar que a realidade atual da indústria superou em grande medida a utopia de uma empresa automática, tal como previam os visionários e futurólogos de então. De fato, a incrivelmente perfeita integração da robótica com os sistemas de controle inteligente permitiu o surgimento da fábrica flexível e de outros avanços palpáveis, como a logística “just-in-time” e a gestão preditiva dos processos.

Já do ponto de vista da gestão de negócios, um dos maiores avanços conquistados remonta a meados da última década, quando o surgimento dos web-services permitiu colocar as próprias premissas de negócios em processos lógicos de workflow e de trabalho colaborativo, o que favorece enormemente a agilidade de decisões e o uso intensivo da interface web como centro de relações.

Em sua mais recente evolução, esta abordagem resultou na arquitetura orientada a serviços (SOA), que passa a apontar para um modelo de entrega menos tecnicista – do ponto de vista da TI – e mais focado no interesse do usuário e da aplicação. De modo simplificado, pode-se falar na geração de um cockpit orientado a negócios e suportado por uma estrutura de TI planejada com vistas à produtividade das equipes e dos sistemas.

Do ponto de vista da gestão, esta abordagem prevê um minucioso mapeamento da infra-estrutura de TI, com a documentação de todas as aplicações, softwares de base e componentes de midleware, entre outros aspectos. Cria-se assim um outro cockpit extremamente útil, abrangendo o inventário dos ativos de TI, suas funções e articulações internas e suas mudanças em real-time. É sobre este ambiente que se podem calçar as melhores práticas em governança de TI, com ganho de custo, eficiência e flexibilidade.

Em síntese, a grande vantagem deste modelo é que os operadores do negócio podem usufruir plenamente dos benefícios da TI sem precisarem ter de interagir no nível da especificidade técnica. Ou seja: o novo desenho reconhece que o que interessa ao gestor empresarial (ou ao usuário da aplicação) não é propriamente a tecnologia, mas o serviço; e o serviço, na sua origem, está diretamente ligado a uma premissa de negócio. Por outro lado, a gestão da infra-estrutura sai extremamente favorecida.

Com a ampla aceitação que a SOA vem ganhando, principalmente por sua capacidade de resolver os diversos impasses tecnológicos entre legado e as novas aplicações nas empresas, a indústria mundial de TI concebeu um ferramental altamente útil para a monitoração de todos os atributos e interações de negócios que circulam pelos web-services e perpassam as diversas dimensões da empresa. Batizou-se o achado como BAM (Business Activity Monitoring) e o conceito logo conquistou o status de um atributo indispensável nos arranjos SOA ofertados pela indústria de TI.

Falando em termos gerais, o BAM oferece aos gestores uma grande capacidade de conhecer o que está acontecendo por trás das interfaces de negócio das empresas, e de que modo estes acontecimentos podem afetar os resultados, considerando-se cada uma das abordagens. Sejam estas abordagens relativas, por exemplo, à política de recursos humanos, acompanhamento de vendas, políticas de gerenciamento de materiais, segurança financeira do negócio... enfim, a toda ampla complexidade que envolve a automação de negócios hoje em dia.

Ajustados estes elementos, e assimilado o conceito de SOA como o padrão de fato para os arranjos de TI daqui para frente, ficava ainda faltando um ponto crucial a resolver. O que fazer, afinal, com toda esta enorme gama de conhecimento on-line a respeito dos negócios e dos sistemas a ele alinhados? O risco que os institutos apontavam estava justamente naquele impasse de ação que o excesso de informação pode trazer a um sistema lógico qualquer.

A resposta para o impasse surge através dos laboratórios de TI mais bem equipados do mundo e que trazem à tona o novo modelo de CEP (Complex Event Processing; ou processamento de eventos complexos). Quando associado às ferramentas BAM numa arquitetura orientada a serviços, este conceito inaugura uma perspectiva concreta e mensurável de se implementar um console inteligente de negócios, agora não mais dotado com a capacidade exclusiva de “saber”, mas também de “analisar” e “agir” tudo em tempo-real, trazendo adicionalmente a capacidade de testar e simular todas as estratégias no histórico de eventos armazenados antecipando possíveis rupturas nos processos de negócio.

Significa dizer que a empresa, antes reativa, conquista não só a proatividade, mas também a capacidade preditiva frente à constante e fluente emergência dos fenômenos de negócios que circulam nas esteiras da SOA.

. Por: Luiz Cláudio Menezes, country manager da Progress Software do Brasil. | Perfil da Progress Corporation - A Progress Software Corporation (http://www.progress.com/br) é uma fornecedora global de serviços e tecnologia para desenvolvimento e implantação de aplicativos de e-business. Conta com mais de 2 mil parceiros mundiais (ASPs - Application Service Providers - e APs - Application Partners), que distribuem anualmente U$ 5 bilhões em aplicações baseadas em Progress e serviços relacionados. Seus produtos são usados por cerca de 10 mil organizações em 120 países, incluindo 70% das companhias listadas na revista norte-americana Fortune 100.

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