Crise americana será um dos temas da coletiva do presidente da Vale na ADVB/SP

A “migração” de investidores internacionais para commodities agrícolas e minerais, dentre os quais o minério de ferro, para se defenderem da crise financeira americana, e suas possíveis conseqüências para a economia brasileira, será um dos temas centrais, a ser abordado, na coletiva do presidente da Vale, Roger Agnelli, a ser realizada, no dia 25 (terça-feira), no Clube Monte Líbano.

Na ocasião, Roger Agnelli receberá o prêmio “Personalidade de Vendas” de 2007, que lhe foi concedido pela Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil (ADVB/SP).

A tendência de “migração” de investimentos em títulos e em ações para “commodities” agrícolas e minerais já foi detectada por analistas americanos, europeus e asiáticos.

Na contramão, e por pagar as mais altas taxas reais de juros do mundo a investidores do mercado financeiro, que é lastreado em títulos públicos, por enquanto, essa tendência ainda não chegou ao Brasil, onde ainda está ocorrendo exatamente o contrário.

No médio prazo, contudo, e, dependendo da duração da crise americana, a concentração de investimentos internacionais em mercadorias agrícolas e minerais poderá derrubar as atuais cotações desses ativos, com tendência de alta, abrindo caminho para uma recessão generalizada, uma espécie de “efeito dominó”, dos emergentes (China, Índia e Rússia) para os desenvolvidos (União Européia e Japão).

Por ser grande produtor de mercadorias agrícolas (açúcar, café e soja, dentre outras) e de minério de ferro, de uma forma ou de outra, positiva ou negativamente, o Brasil refletirá, necessariamente, as oscilações do mercado de commodities.

62 mil empregos – Outro tema a ser abordado na coletiva do presidente da Vale, Roger Agnelli, são as 62 mil vagas, que a mineradora brasileira deverá preencher deste ano até 2012.

Além disso, deverão ser abordados também, dentre outros assuntos, as conversações da Vale para a compra da mineradora suíça Xstrata, bem como o andamento das negociações com governos de Estados brasileiros e de alguns países vizinhos para a instalação de novas usinas siderúrgicas, bancadas com recursos da mineradora brasileira.