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03/05/2017 - 08:15

Paralisação dos baderneiros

Greve é um direito do trabalhador, para aqueles serviços que não são essenciais à sociedade. Da mesma forma, a manifestação é um direito do cidadão, ligada à liberdade de expressão, para que a população possa, a exemplo, demonstrar apoio ou descontentamento com medidas adotadas pelo governo.

Por vivermos em um estado democrático de direito, tanto a greve como as manifestações têm que se dar de forma ordeira, na forma da lei, respeitando opiniões contrárias, não podendo ser impostas a ninguém, em respeito à democracia e ao ordenamento jurídico.

O que assistimos no dia 28 passado, cujas centrais sindicais intitularam de Greve Geral, como forma de manifestação contra a reforma da previdência e trabalhista, não passaram de atos de vandalismo generalizado, com destruição de bens públicos e particulares.

O que se viu, talvez devido à baixa adesão da população às manifestações, foram agressões às pessoas, focos de incêndios em várias cidades, barricadas com pneus em chamas impedindo o direito de ir e vir de cidadãos, destruição de bens particulares como restaurantes e bancos, ônibus incendiados (somente no Rio de Janeiro foram 9 ônibus e um automóvel particular), destruição de bens públicos e atos de vandalismo generalizados.

Nestes casos, o enfrentamento com a Polícia Militar se torna inevitável, esta que tem o dever e obrigação de manter a ordem e segurança pública, não podendo aceitar ser recebida com pedras e paus, sem revidar a altura. Quando se ataca a Polícia Militar, não se está agredindo somente a pessoa física dos policiais, mas o próprio poder do Estado, o que é inadmissível. Não há como receber com flores aqueles que atacam com pedras.

Em algumas cidades os atos patrocinados pelos manifestantes/grevistas mais pareciam uma guerra civil do que um dia de paralisação e reivindicação. Um total desrespeito a democracia e ordem jurídica.

E não se trata de menosprezar um movimento de paralisação, conforme algumas críticas à fala do Ministro da Justiça, Osmar Serraglio, que denominou a Greve Geral de “baderna generalizada”, se trata de uma constatação do que ocorreu na realidade, filmado por várias pessoas e postado nas redes sociais e pela própria imprensa.

No Aeroporto Santos Dumont do Rio de Janeiro, manifestantes com uniformes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) adentraram o saguão agredindo com socos e chutes, pessoas que queriam trabalhar e não aderir à greve. Difícil acreditar que verdadeiros trabalhadores agrediriam seus colegas por possuírem opiniões contrárias a greve, deixando transparecer que são arruaceiros, mercenários a serviço da CUT com o intuito de impor a determinação dos dirigentes sindicais.

A verdade é que enquanto a esquerda continuar com seu radicalismo exacerbado, em total desrespeito a democracia, as opiniões contrárias e a ordem jurídica e seus movimentos serão vistos pelas demais pessoas como impositivas e não representativas de uma manifestação de opiniões. Não há lugar para ditadura de opiniões, seja de esquerda ou direita, em um estado democrático de direito.

. Por: Bady Curi Neto, advogado, ex-juiz do TRE-MG, fundador do escritório Bady Curi Advocacia Empresarial.

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